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BOOOMBAA! Na UFSM, sai vestibular, entra o SiSU

Uma surpresa e tanto, na decisão dos Conselheiros. E não foi por pouco voto: 27 a 12
Uma surpresa e tanto, na decisão dos Conselheiros. E não foi por pouco voto: 27 a 12

Quem disser que imaginava essa decisão, estará mentindo. Não estava nas cogitações de quem quer que fosse, antes da reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE)da UFSM, que a instituição simplesmente acabasse com o concurso vestibular e, em seu lugar, assume o SiSU (Sistema Unificado de Seleção Universitária) como método para ingressar na Universidade.

Aliás, esse fato é tema de instigante texto (que você lerá logo em seguida, aqui mesmo) do professor Ronai Rocha, ex-pró-reitor da UFSM. Mas o que se discutiria, no CEPE, era, primeiro, a ampliação das vagas para cotas (negros, pardos, índios e estudantes de escolas públicas), e, segundo, a data do concurso – dezembro e janeiro. Mais nada.

Assim, a decisão afinal tomada caiu como uma bomba sobre a comunidade, no início da tarde passada. E não é de graça que a nota PUBLICADA aqui tenha sido a mais acessada do sítio neste mês, por enquanto. Afinal, foi uma surpresa planetária.

Mas, o que afinal aconteceu na Sala dos Conselhos da UFSM, e que exigirá inclusive uma entrevista coletiva do reitor Paulo Burmann, nesta sexta, para explicar como vai funcionar? Bueno, você tem as versões apresentadas pelos jornais (inclusive a repercussão junto a empresários e autoridades – que vão da cautela à irritação, dependendo de quem fala). Aqui, vamos conferir o que diz a imprensa oficial. Confira o relato (sem crédito ao autor do texto) da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM. A foto é de Deivid Dutra, do jornal A Razão. Acompanhe:

Ingresso na UFSM passa a ser via SiSU

A partir de agora, não haverá mais Concurso Vestibular para ingresso na UFSM. As vagas serão preenchidas via Sistema Unificado de Seleção (SiSU). Também foi definido que metade das vagas nos cursos de graduação será reservada para alunos cotistas. As decisões forma tomadas em reunião extraordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) na manhã desta quinta-feira (22).

Na sessão anterior (16/05) do CEPE foi apresentada aos conselheiros a proposta da Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) que previa a distribuição de 30% das vagas via SiSU e 70% pelo vestibular, propondo também 50% das vagas para cotistas, além da transferência das datas originais de 12, 13 e 14 de dezembro de 2014 para 6, 7 e 8 de janeiro de 2015. Ainda na sessão anterior, as Comissões do CEPE rejeitaram a proposta da PROGRAD, indicando como alternativa a manutenção da data em dezembro de 2014, o ingresso somente via vestibular e 37,5% das vagas para cotistas. Na mesma ocasião o Diretório Central dos Estudantes realizou pedido de vistas. Agendou-se sessãoextraordinária para a quinta-feira (22/05). Neste período (entre as duas sessões) foram realizadas reuniões públicas com a comunidade acadêmica e comunidade local para debater a temática.

Na sessão de hoje (22/05) as Comissão do CEPE fizeram a releitura de seu parecer e o Diretório Central dos Estudantes apresentou seu parecer de vistas propondo 50 % de vagas para cotistas e 100 % de adesão ao SiSU.

A votação ocorreu separadamente, por tópicos. Por 33 votos conta sete, foi aprovada a reserva de 50% das vagas para cotistas, proposta pelo parecer de vistas. A decisão foi comemorada por conselheiros e por alunos de escolas públicas de Santa Maria, que acompanharam a votação do lado de fora da sala dos conselhos.

Em seu relatório, o DCE defendeu o cumprimento imediato da Lei 12.711/2012 em sua integralidade, garantindo reserva de vagas de 50% para cotistas.

O parecer dos estudantes apontou dados que confirmam a importância da reserva de vagas: desde 2008, o percentual de evasão de estudantes que ingressaram na UFSM via ações afirmativas ( para estudantes de escolas públicas, afro-brasileiros e pessoas com deficiência) caiu significativamente, passando para zero em 2011, devido à assistência estudantil garantida pela universidade.

“No ensino superior são 5,95 milhões de estudantes matriculados. Destes 4,43 milhões provêm da rede privada a apenas 1,52 milhões estão matriculados na rede pública. As universidades públicas não condizem com o retrato da maior parte da população”, apontou o parecer. Um dos argumentos contrários defendidos durante a reunião foi o grande número de recursos jurídicos ocasionados pela reserva de cotas.

Adesão ao SiSU: Em seu parecer de vistas, o DCE propôs o SiSU, considerando uma forma de democratização do acesso à universidade, como única forma de ingresso na UFSM, sem Vestibular. Conforme o relatório, nas instituições que adotaram o sistema, 90% dos estudantes são oriundos da própria região e 85% do próprio estado. Além disso, segundo o DCE, as universidades que adotaram o sistema híbrido (SiSU e Vestibular simultaneamente) identificaram problemas para equacionar o preenchimento das vagas entre os dois sistemas…”

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