
Um acordo de parceria para pesquisa e na construção de simuladores, pelo menos para começar, foi firmado nesta quarta-feira entre a Universidade Federal de Santa Maria e o gigante alemão na área de blindados, a KMW. É o início de uma relação que poderá ampliar-se ao longo do tempo entre a principal instituição de ensino superior do interior gaúcho e a unidade local da multinacional do setor de equipamentos pesados para a área de defesa.
Tanto os dirigentes da UFSM quanto da KMW celebraram a parceria, como você pode conferir no texto de abertura da reportagem de Nathália Costa (com foto de Divulgação), que o jornal A Razão está publicando em sua versão impressa, nesta quinta-feira. A seguir:
“UFSM e KMW assinam parceria…
…A multinacional KMW, que iniciou no começo deste ano as instalações da sua fábrica de blindados na cidade, assinou na manhã de ontem (quarta), dia 14, um protocolo de intenções com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O acordo foi firmado na reitoria da instituição de ensino, com a participação do reitor Paulo Burmann e de dirigentes da empresa alemã, entre eles o diretor Christian Boege.
A parceria entre a instituição e a empresa visa, inicialmente, ações conjuntas voltadas para a área de desenvolvimento de tecnologia para defesa. Antes da assinatura do acordo, foram meses de trabalho entre ambos. A partir do acordo, equipes das duas organizações iniciam projetos de pesquisa baseados na estrutura acadêmica da universidade. Para a KMW, as pesquisas permitem criação de novos produtos, soluções e novas tecnologias a serem aplicadas na KMW, além de formação de mão de obra especializada. Da parte da UFSM, os principais benefícios giram em torno de subsídios para pesquisas, formação de profissionais e possibilidades de intercâmbio.
João Evangelos Zacharakis, gerente executivo de treinamento e simulação da KMW, explica a intenção da parceria. “O plano estratégico da empresa é se estabelecer em Santa Maria, baseado nos negócios que a empresa tem com o Exército. Dentro desse escopo, criamos o Departamento de Treinamento e Simulação, que irá criar produtos no Brasil que sejam ligados à necessidade do Exército e do mercado brasileiro. Precisamos de mão de obra especializada, e uma das razões de vir a Santa Maria é a existência da UFSM, que tem ampla mão de obra e recursos acadêmicos. Estamos pensando em projetos em conjunto, para aplicarmos nossos produtos e desenvolver novos”.
As possibilidades de identificar acadêmicos que possam trabalhar nas fábricas da empresa na Alemanha e nos Estados Unidos é, de acordo com Zacharakis, é possível. “Conhecemos a capacidade do acadêmico os próprios alunos podem decidir a melhor direção da carreira deles. É uma situação ganha-ganha”, reforça.
O reitor da Universidade, Paulo Burmann, também é otimista em relação à parceria. “Inúmeras possibilidades se abrem com esse acordo de cooperação. E vai ao encontro do que temos projeto como Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia, que deverá substituir o nosso Núcleo de Inovação de Transferência de Tecnologia (NIT), que é uma estrutura que abrigará todas as iniciativas nessa linha. Esse protocolo de intenções vem no sentido de fortalecer a ideia e proporcionar a participação da UFSM nesse processo de desenvolvimento de tecnologia, com impacto forte no desenvolvimento regional e nacional”, salienta o reitor…”
PARA LER OUTRAS REPORTAGENS DE ‘A RAZÃO’, CLIQUE AQUI.
Positivio o acordo. Na Alemanha existe uma espécie de simbiose entre a academia e a indústria. O intercâmbio de profissionais é grande, professores saem do laboratório e vão para a iniciativa privada e profissionais com larga experiência prática (e titulação) vão para os laboratórios universitários.