Cultura

CULTURA. Luciana Manica e a censura contra músicas gaúchas que transmitem violência na doma de cavalos

“Um promotor de justiça publicou no Jornal de Tenente Portela uma manifestação contra as músicas gaúchas com temas sobre cavalos que, no seu entender, poderiam transmitir às crianças a cultura da “valentia” do gaúcho “na forma de violência contra animais”, uma verdadeira “covardia”.

Se pararmos para pensar, temos outros estilos de música fazendo apologia a tantas coisas que nenhuma tradição explica! O fato é que não só as tradições gaúchas vêm sendo adaptadas conforme o desenvolvimento de técnicas menos invasivas, como também a própria medicina, ortodontia, etc.

Ok, não temos mais espaço para letras de música que exaltam o trato mais rude aplicado na doma tradicional, assim como não cabe mais tratar a mulher como redomão, “com maneador nas patas e pelego na cara”. Mas não podemos apagar essa cultura que vem continuamente evoluindo.

Não podemos pensar que o fato da vestimenta gaúcha, ao permitir o uso da faca, faz do portador de uma arma branca um ofensor em potencial. Não podemos pensar que a espora faz do gaúcho um açougueiro. Hoje em dia, são meros enfeites, fazem parte da indumentária gaúcha e não cortam uma folha!

Essa censura citada pelo promotor me faz lembrar a tão falada exposição “Queermuseu” no Santander Cultural de Porto Alegre. Será que a liberdade de expressão tão propagada em defesa da citada exposição seria também aplicada nas letras de música gaúcha impugnadas por este cidadão?…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Criada em galpão”, de Luciana Manica Gössling. Ela é advogada, Mestre em Direito e especialista em Propriedade Intelectual. O texto foi postado há instantes, na seção “Artigos”!

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Um Comentário

  1. Para começo de conversa, censura só pode partir do Estado. Opinião publicada em jornal não é censura (até em jornal de Tenente Portela, município de 15 mil habitantes). Em segundo lugar, o promotor atuando fora das atribuições legais é igual a qualquer cidadão. Terceiro, numa democracia é permitido o protesto, campanhas diversas, piquetes e até o boicote. As controvérsias serão resolvidas no fórum. “Carteiraços”, “campeões da moral”, “campeões do iluminismo”, todos estes estão sujeitos a chuvas e trovoadas.

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