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A vida é tua, meu filho! – por Carlos Costabeber

Essa é a resposta mais comum, que nós pais damos para os filhos quando pedem a nossa orientação nos momentos de incerteza com relação ao futuro. Na realidade é uma saída honrosa, já que dificilmente temos respostas seguras, convincentes. E eu até entendo, porque nós pais vamos ficando defasados no tempo, frente ao avanço acelerado das tecnologias e de seus reflexos sobre as pessoas, ensino e mercado de trabalho.

Só que não é essa a expectativa da gurizada, já que a insegurança e a solidão são companhias constantes depois dos 16/17 anos. Infelizmente, fora os pais, é muito dificil encontrar alguém que possa dar as respostas adequadas. Alguém que tenha experiência e coragem para dizer: “vá em frente”, “faça isso, ou aquilo”, “encontre um plano B”. É disso que os jovens precisam: uma orientação firme e sem rodeios. Afinal, hoje são mais de cem opções de cursos superiores, somente na UFSM. Mesmo considerando que o mercado de trabalho está cada vez mais segmentado, acredito que essa enorme quantidade de opções, tumultue ainda mais a cabeça dos jovens.

Nossos filhos têm uma outra pergunta de difícil resposta: “eu nasci para ser o quê?” (capacidade nata). A tendência é sonhar com as carreiras mais tradicionais e com chances de ganhar muito dinheiro. Só que na prática isso não acontece com a grande maioria; e aí é que começam as dúvidas. A falta de uma orientação profissionalizante, tem levado muita gente a escolher o curso errado. E a consequência, é o crescente índice de desistência que tem ocorrido nas universidades federais, principalmente.

Outro agravante, é o baixo envolvimento dos pais, durante a passagem pelo primeiro e segundo graus. A gente tende a se justificar, na linha… “o meu dever de pai/mãe é oferecer ensino para os filhos; depois a vida é com eles”. Só que a realidade hoje é outra: nós temos de ser muito parceiros, acompanhar o dia-a-dia, saber o que estão fazendo dentro e fora da escola, conversar regularmente com os professores, trazer os colegas para dentro de casa. Eles precisam sentir a segurança e o comprometimento dos pais com o seu futuro. Uma missão difícil, mas imprescindível, indelegável!

Urge que os pais se conscientizem da necessidade de evoluir junto com os filhos. A cada dia aumentam as dificuldades, as incertezas com relação ao futuro. E não podemos nos esconder dessa responsabilidade, afirmando: “A vida é tua, meu filho”.

 

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