EducaçãoJudiciárioUFSM

RODIN. Jorge Sarkis, o mais conhecido no processo, aqui, lembra: ‘já fui absolvido de 75% das acusações’

Jorge Sarkis: mais de 500 horas só para analisar os documentos do processo relativos a ele
Jorge Sarkis: mais de 500 horas só para analisar os documentos do processo relativos a ele

Não há dúvida: a Operação Rodin, que mexeu com o coração da Universidade Federal de Santa Maria há oito anos, ainda é tema que provoca muitas emoções. Especialmente agora que o julgamento, em sua primeira instância, na Justiça Federal, já tem desfecho – com condenações para 29 dos 32 réus.

O mais proeminente, ainda que sua pena tenha sido menor que a de vários outros, é o ex-reitor Jorge Sarkis. Que, ao mesmo tempo em que enfatiza o fato de ter sido absolvido de três quartos das acusações das quais era alvo, professa, como sempre a sua inocência. E, por sinal, mantém aos mesmos argumentos desde sempre.

É o que você vai conferir, entre outras coisas, na entrevista por ele concedida ao jornalista Fritz R. Nunes, da assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM. A foto é do arquivo da Sedufsm. A seguir:

Sarkis: “já fui absolvido de 75% das acusações”…

Em depoimento ao Jornal da Sedufsm, em agosto de 2009, o ex-reitor da Ufsm, cujas gestões se estenderam no período de 1997 a 2005, Paulo Jorge Sarkis, afirmava que todo as denúncias que geraram a Operação Rodin, que desmontou um suposto esquema de corrupção envolvendo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e as fundações de apoio da universidade (Fatec e Fundae), tinham surgido a partir de uma urdidura política entre procuradores federais e setores da Ufsm interessados na sucessão à reitoria. A tese de Sarkis se mantém, mesmo após a decisão exarada na última sexta, 23, pela 3ª Vara da Justiça Federal em Santa Maria, que condenou 29 pessoas, entre servidores da universidade, ex-funcionários do Detran, da Fatec e da Fundae, a penas que variam de 2 a 38 anos de prisão, ressarcimento de R$ 90 milhões aos cofres públicos, entre outros.

Para justificar sua tese, o ex-dirigente da Ufsm, que foi condenado a 12 anos de prisão em regime inicial fechado, multa e cassação da aposentadoria, cita que já teria sido absolvido em 75% das acusações que foram feitas pelo Ministério Público Federal. Ele sustenta também que conseguirá ser inocentado no restante das acusações em instâncias superiores do Judiciário. Sarkis alega diversos fatos em meio ao processo que, segundo ele, prejudicaram suas possibilidades de defesa e qualifica de absurda e ilegal a cassação de sua aposentadoria.

Acompanhe a seguir a entrevista concedida à assessoria de imprensa da Sedufsm, realizada por e-mail.

Sedufsm– Em primeiro lugar, como o sr. recebeu o conjunto da sentença, em que houve 29 condenações, com penas que variam de 2 a 38 anos de prisão e devolução de 90 milhões de reais aos cofres públicos?

Sarkis– Esse processo acumula aproximadamente 70 mil páginas só no seu corpo principal. Se considerarmos os anexos, estaremos falando de algo superior a 150 mil páginas, sem contar os vídeos e outras mídias. Pel dificuldade de análise, a partir de certo ponto, a Justiça passou a considerar desnecessário degravar (transcrever) os depoimentos, passando a considerá-lo parte integrante do processo com a juntada do vídeo correspondente. Isso aconteceu, por exemplo, com os nossos depoimentos, tecnicamente chamados de interrogatórios. Sendo assim, não há como analisar o conjunto da sentença sem uma dedicação exclusiva de vários meses ou anos.

Só para descobrir os conluios dos dois jovens do Ministério Público Federal (MPF) que desencadearam o processo em aliança com setores da Universidade, objetivando a sucessão da reitoria em 2008, gastei mais de 500 horas de análise dos documentos que me…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUIAQUI .

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo