A Copa do Mundo, assim entendida a competição esportiva, por mais que seja a maior do planeta, não tem sido prioridade neste sitio. Ao contrário. Pouco se tem escrito aqui, inclusive porque há onde encontrar informações com sobra – inclusive as independentes, sem o ranço da mídia metida a besta e entreguista.
Dito isto, me sinto obrigado a falar sobre um fato do futebol. No caso, o lance em que o jogador colombiano Zuniga, numa disputa pela bola (seu time, afinal, estava perdendo), atingiu as costas do principal atleta brasileiro, Neymar. Neymar Jr, como diz atrás de sua camiseta.
Por conta de uma fratura na terceira vértebra (é o que leio e ouço), ficará seis semanas fora do futebol. Portanto, fora da Copa. E, de uma certa maneira, deixando órfã a torcida. Pessoalmente, penso que sua ausência do jogo contra a Alemanha (e depois, da final ou da disputa pelo terceiro lugar), pode ser suprida. Não com a qualidade individual dele, looonge disso, mas, quem sabe (é a esperança), com equilíbrio e ganho coletivo.
Mas não é esse o objetivo dessa minha incursão jornalística pela Copa. Escutei a entrevista de repórteres com Zuniga. E o colombiano foi direto e reto: foi lance de jogo. De disputa. De futebol. E, agora eu, acrescento: do trabalho de todos eles. A lesão pode ocorrer de qualquer maneira, inclusive com deslealdade. Não foi o caso. Mesmo que tivesse (conceda-se) recebido o cartão amarelo, este também é do jogo. Também é do futebol. Tanto que está na lei.
Por isso, e aqui quem escreve é alguém que conseguiu quebrar um pé estando sozinho com uma bola, é importante frisar: foi acidente. De trabalho. Ponto.
E AGORA? Bueno, talvez o futebol brasileiro esteja frito. Talvez. Ou não. Terça-feira a gente fica sabendo. Até lá… Bem, até lá o noticiário estará farto. Pode apostar.
Neymar, pelo menos por enquanto, é um jogador pouco melhor que o Robinho. Com um marketing muito melhor, na base do "o garoto propaganda do nosso patrocinador é o novo Pelé".
Nas duas últimas partidas ele jogou mal. E muitas vezes tentou dar um balãozinho e entregou a bola de graça. Ou deu passe de calcanhar para ninguém.
E o lance da lesão? Bueno, se eu der um soco em alguém e quebrar um dente da criatura, ainda assim eu dei o soco. O dente quebrado não é "coisas da briga". O colombiano foi parar a jogada e poderia ter feito meia dúzia de coisas diferentes e obter o mesmo efeito. Se fosse "lance de jogo", fraturas seriam resultado aceitável e os demais jogadores não precisariam se preocupar com a integridade física dos adversários. A Fifa deve tomar providências.
E a seleção? Saiu Daniel Alves e começamos a jogar com 10 jogadores. Falta sair o Fred e começarmos a jogar com 11. Claro que ele pode ficar no time e fazer um gol que classifique para a final. Só não elimina o fato dos zagueiros terem mais gols que o centroavante até agora.