ELEIÇÕES 2014. “Quero ver o projeto que eles defendem”, afirma Olívio Dutra em visita à Feicoop

POR MAIQUEL ROSAURO (texto e foto)

O ex-governador do Rio Grande do Sul e candidato ao Senado, Olívio Dutra (PT) visitou a 21ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) e 10ª Feira Latino Americana de Economia Solidária, na tarde deste sábado, em Santa Maria. Acompanhado da irmã Lourdes Dill ele percorreu os pavilhões da Feira, experimentou produtos da Agricultura Familiar e também conversou com este sítio. Os temas foram a Feicoop e a eleição de outubro. Confira abaixo.

O senhor visita a Feicoop quase todos anos. O que o traz a este evento?
Esta Feira tem muito haver com a qualidade da vida de todos nós e da humanidade. Esta Feira – que a irmã Lourdes é a alma e o corpo dela junto com milhares de famílias de pequenos agricultores – é uma vitrine do que podemos fazer para construir outra economia e um mundo de fartura sem agredir a vida e a mãe natureza. Eu me sinto rejuvenescido cada vez que venho nas edições desta Feira, que é permanente, mas a cada ano é internacional. Estou aqui também ao lado do Carlos Vargas que é o companheiro e primeiro suplente da chapa para senador.

Como o senhor avalia este início de campanha?
Tem muito pela frente, uma campana séria tem que ser uma campanha que desperte a cidadania nas pessoas, que as instigue votar conscientemente em um projeto. Eu acho que o projeto que nós estamos desenvolvendo com a Dilma – que dá continuidade ao trabalho que o Lula já tinha semeado para o Brasil – está bem e precisa melhorar. Por isso que temos de reeleger. E o Tarso aqui no Estado também está recuperando o Rio Grande com políticas sérias, agricultura de economia familiar e, em especial, para outras áreas. As ideias, as propostas, os projetos que queremos defender em qualquer debate é a reeleição deste projeto de nível estadual e de nível nacional. E levar para as assembleias legislativas e Congresso Nacional temas para um bom debate. A política tem que ser a construção do bem comum com o protagonismo das pessoas.

Um debate que muitos esperam é entre o senhor e o também candidato a senador Lasier Martins. Como o senhor avalia este confronto ideológico?
Eu não faço política individualizando ou pessoalizando. Eu sei que tem outros candidatos ao Senado e respeito todos eles porque o respeito é bom não só lá na minha Bossoroca como em qualquer lugar do mundo. E o respeito é na ida e na volta. Evidentemente que eu defendo um projeto e quero ver o projeto que eles defendem. Eu já os conheço de outros carnavais, mas eu não vou para debater com esta ou aquela pessoa. Eu vou para confrontar ideias, projetos. Eu defendo o projeto que nós precisamos reeleger, Dilma presidente e Tarso governador, e qualificar melhor a presença deste projeto na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. Eu quero ir para o Senado com voto da população por conta deste projeto no qual me identifico e porque acho que lá nós temos que discutir Reforma Agrária e Reforma Urbana. Nós temos que discutir o Pacto Federativo e sem discutir a Reforma Tributária não se resolve. Precisamos de uma reforma política para os partidos não serem balcão de negócio e o cidadão não ser enganado no seu voto. Nós precisamos debater estas questões profundamente e amplamente. E no Senado a gente tem que desengavetar coisas que estão lá e que não foram discutidas. O Lula, no seu primeiro governo, em abril 2003, lançou um projeto de Reforma Tributária. Está lá, encalhado. Nós temos que chegar lá e trazer a tona e debater estas coisas com a população, com cidadania e poder, evidentemente, fazer o congresso funcionar e transformar o projeto em lei.