SAIBA COMO. Enfim, Prefeitura, Estado e Corsan se acertaram e garantiram investimento milionário em SM
No total, são R$ 119 milhões. Os recursos são do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC, através de financiamento tomado pela Companhia Rio-grandense de Saneamento, em condições privilegiadas. É, aliás, da natureza do PAC, instituído pelo Governo Federal ainda no governo de Lula.
No entanto, num primeiro momento, a prefeitura de Santa Maria disse Não. Por quê? Eram duas as alegações: (1) o investimento implicaria em renovação automática do contrato de concessão do município com a Corsan, que finda em 2016; e (2) a prefeitura teria que ser uma espécie de avalista do contrato. “Anuente” e “interveniente” seriam os termos técnicos recusados pela comuna.
Isso é o noticiado no início do ano, quando o enrosco estourou. Aliás, esse sítio, em nota PUBLICADA pelo repórter Maiquel Rosauro, no dia 17 de janeiro, explicitava muito bem a posição das duas partes: Corsan e Prefeitura. E se tinha a ideia de que tudo iria por água abaixo. E foi, por sinal. Então, como se deu o “resgate” que provocou o acordo anunciado nesta segunda-feira, pela Corsan?
Foram pelo menos quatro meses e meio de negociações. Afinal, não se poderia perder de graça tamanho troco, especialmente pelo que significa em termos de qualidade de vida futura para os santa-marienses. Por conta desse investimento milionário, o saneamento básico cobrirá pelo menos 80% do município, um recorde estadual.
O fato é que, ao que o editor apurou, os dois óbices acabaram levantados pelo Estado (inclusive com a adesão do Palácio Piratini). E isso possibilitou, inclusive, que a prefeitura, via Cezar Schirmer, tenha assinado o acordo não agora, mas há quase dois meses. Sim, foi em 27 de maio que o comandante do Palacete da SUCV firmou a adesão de Santa Maria ao financiamento federal.
Agora… Bem, agora é esperar pelo início dos trabalhos, o que deve ocorrer em breve – deduz-se pela nota publicada originalmente na página do Governo do Estado na internet. O relato é de Douglas Carvalho, com foto de Arquivo. Confira:
“Corsan assina contrato de financiamento de R$ 119 milhões para obras de esgoto em Santa Maria
A Corsan e a Caixa Econômica Federal assinaram, nesta segunda-feira (21), contrato de financiamento no valor de R$ 119 milhões para a realização de obras de esgotamento sanitário em Santa Maria. Firmada em Porto Alegre, a contratualização contou com anuência do Governo do Estado e da Prefeitura. Os recursos provêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
A verba será aplicada na ampliação do sistema. Serão implantados 56,4 mil metros de redes coletoras, 5,1 mil ligações prediais e cinco estações de bombeamento. Também haverá reforma e aumento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), com a construção de dois novos módulos. Além de revitalizar as bacias hidrográficas da região, o empreendimento beneficiará diretamente 130 mil habitantes dos bairros Jockey Club, Tomaz, Alegria, Medianeira, Campestre do Menino Deus, Tropical, Formosa, Santos, Parque Residencial Pinheiro Machado, Residencial Lopes e Parque Dom Antônio Reis.
O diretor-presidente da companhia, Arnaldo Dutra, destacou que essa é uma grande conquista. “Esse investimento, somado às obras que já estão em andamento, trazem a Santa Maria a possibilidade de ser um dos primeiros municípios a universalizar os serviços de esgotamento sanitário no Rio Grande do Sul”, afirmou.”
PAC é marketing. E a "aceleração" é chocha, país cresce 1 ou 2% quase todo ano.
Saneamento é obrigação e não favor e a pergunta que fica é por que os níveis trombeteados não foram atingidos há tempos atrás.