JUSTIÇA. Cliente do Santander ficou 3 horas na fila. Banco terá que indenizar em R$ 2 mil, uma mixaria
Alguém acredita que o Santander (e outros, porque o bancão espanhol está longe de ser o único a tratar mal a clientela) foi mesmo punido, por ter que indenizar em R$ 2 mil um cliente que ficou esperando três horas na fila para ser atendido? Claro que não. Uma mixaria dessas não inibe a continuação da prática de tratar mal o consumidor.
Assim, ao contrário, com todos os recursos que possui para suprir seu setor jurídico, a tendência é justamente a oposta. Ah, para saber quem decidiu e por que, confira o material originalmente publicado no portal Consultor Jurídico, com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. A seguir:
“ALÉM DO RAZOÁVEL” – Santander deve indenizar cliente que esperou 3 horas para ser atendido
Esperar três horas para atendimento em agência bancária viola a dignidade do consumidor e gera dano moral indenizável. Com esse entendimento, o juiz substituto Alex Costa de Oliveira, da 20ª Vara Cível de Brasília, condenou o banco Santander a pagar reparação de R$ 2 mil a um cliente.
O autor da ação afirma que, no dia 23 de dezembro de 2013, esperou das 12h38 às 15h45 para fazer um saque. Alega, ainda, que deixou de pagar outra conta e também não conseguiu fazer compras de Natal.
Em sua defesa, o banco afirmou que o cliente causou a situação para gerar prejuízo de ordem moral, porque teria retirado a senha e deixado sua vez passar, apenas para ficar mais tempo na agência. Além disso, argumentou que o cliente não comprovou a demora…”
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Não pagar a outra conta e não fazer as compras de natal vão para a conta do cliente. Óbvio, deixou para a última hora.
Quem ler a setença descobre que o cliente pediu 6 mil reais de indenização. Saiu por 2 mil mais 10% de sucumbência para o advogado.
Qual o motivo das baixas indenizações? Não provocar o enriquecimento sem causa e não criar uma indústria de indenizações. Mesmo porque os bancos não vão bancar o prejuízo, as indenizações são distribuídas no custo das tarifas ou no spread.
Não se resolve problemas criando dois ou três no lugar.