KISS. Fepam ainda espera por esclarecimentos, para liberar limpeza do prédio em que aconteceu a tragédia
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) já recebeu o Plano de Limpeza da empresa proprietária do prédio em que se localizava a boate Kiss. Mas ainda espera por detalhes acerca de diversos pontos da proposta. Houve, já, uma reunião da Fepam com técnicos da empresa contratada pelos proprietários, mas ainda restam esclarecimentos.
Só depois de receber essas informações é que a Fundação vai autorizar o trabalho de limpeza. Lembre-se que, conforme vistorias já realizadas no local, há itens que contém resíduos tóxicos que requerem o devido cuidado. A propósito, o Ministério Público também quer saber como está a situação. Tanto que promoveu uma reunião, nesta quarta-feira, com representantes dos proprietários. Sobre tudo isso, vale a pena conferir o material disponível também na versão online do jornal A Razão. A reportagem é deNathália Costa, com foto deDeivid Dutra. A seguir, um trecho:
“MP e advogado da empresa proprietária do prédio da Kiss se reuniram nesta manhã…
… A limpeza do interior do prédio da Boate Kiss, na Rua Andradas, foi tema de uma reunião entre o Ministério Público e o advogado da empresa proprietária do estabelecimento (Eccon Empreendimentos Imobiliários), na manhã de hoje (06), em Santa Maria. A intenção da promotoria é entender como está o processo de remoção dos materiais que se encontram no interior dos destroços da Boate, bem como a limpeza do prédio. Laudos técnicos realizados no ano passado constataram a presença de mais de 200 tipos de produtos tóxicos, muitos deles cancerígenos, entre os destroços da casa noturna.
Análise do IGP – Ainda no começo deste ano, em março, técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), acompanhados de outras pessoas autorizadas, entraram na localidade para coletar materiais para posterior análise e perícia. Entre os elementos recolhidos, estavam resíduos do forro (lá de vidro, gesso) e de espuma, tinta da parede, isopor e alguns materiais plásticos e revestimentos de fios e cabos de luz. O perito criminal Rodrigo Ebert Harsteln foi o responsável pela coleta. O material retirado da boate foi colocado em sacos plásticos e lacrado. A análise dos resíduos colhidos em 11 de março foi pedida pelas defesas de Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, sócios da Kiss.
O juiz Ulysses Fonseca Louzada, que preside o processo criminal da tragédia da boate Kiss, determinou que os resíduos recolhidos na casa noturna fossem analisados pelo Instituo Geral de Perícias (IGP). Entre os entraves para a limpeza do prédio, estaria a restrição judicial para coleta de amostras que seriam utilizadas no processo. Louzada já teria liberado o local. A empresa responsável pela limpeza da Boate agora aguarda a autorização da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para iniciar o trabalho…”
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