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Afinal, o que esperar de um parlamentar – por Roberto Fantinel

“Então, posso falar por mim: esperem trabalho, dedicação e mais trabalho”

Percorrendo o Rio Grande enquanto faço política, percebi o quão distante estão a sociedade e os agentes políticos. Há uma descrença, uma generalização de que político não presta, é tuto igual, só tem benefícios e trabalha pouco. Não foram poucas as vezes que ouvi isso das pessoas ou relatos de histórias assim. E isso vem de muito antes de eu me tornar deputado estadual pela vontade dos gaúchos e gaúchas.

Nos primeiros dias na Assembleia, empossado como deputado, não foram poucas as vezes que lembrei disso. E sempre, nos poucos minutos de respiro entre uma reunião e outra; entre uma ligação e uma ida ao Palácio Piratini; entre atender um prefeito e um cidadão; entre as demandas internas do gabinete e a prestação de contas que me é tão cara.

Trabalho sete dias por semanas e não faço mais do que minha obrigação. Porque representar pessoas, quantas sejam, no parlamento é tarefa que não tem dia ou hora. É tarefa permanente. Entendo que um deputado precisa ser a voz das pessoas e é isso que tenho trabalhado em meu gabinete. É isso que tenho feito, com minha equipe, todos os dias e com muito orgulho.

Protocolamos projetos de lei, entre eles o que prorroga o pagamento do ICMS em algumas situações diante da pandemia; batalhamos pela vacinação dos profissionais da segurança pública e do IGP; destinamos recursos para hospitais de diversas cidades da região central do RS. Mas não é só disso que se trata a atuação parlamentar. É realmente sobre estar à disposição de quem precisa. É ser acolhimento de esperança e de problemas. É ser parceiro na busca de soluções para grandes ou pequenos problemas (afinal, isso sempre depende do ponto de vista de cada pessoa).

E é por ter toda a dedicação que entendo ser fundamental no exercício do mandato que já não sei separar o que é trabalho do que não é. Porque o fazer político é se relacionar com as pessoas, ouvi-las, entendê-las, representá-las. Tudo sem dia, sem hora, sem lugar, sem plataforma definidas. E me orgulha trabalhar de dia e de noite, dia de semana e fim de semana pelo meu estado, minha região, minha cidade, minha gente. Então, posso falar por mim: esperem trabalho, dedicação e mais trabalho.

(*) Roberto Fantinel é deputado estadual pelo MDB. Oriundo de Dona Francisca, onde foi vereador, é ex-presidente da Juventude do MDB/RS, integrante do Diretório Municipal do MDB/SM e ex-assessor do governo gaúcho, na gestão de José Ivo Sartori. Ele escreve no site, semanalmente, aos sábados.

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2 Comentários

  1. A grande verdade é que no RS o deputado é um supervereador. Funciona também como despachante e muro das lamentações.
    Porém com todo este dinheiro e toda esta gente custa muito caro para a sociedade. E, vamos combinar, o RS não chegou onde está por falta de representação.
    George Washington tinha um politico da antiga Roma como exemplo. Lucio Quincio Cincinato. Romanos, sempre que surgia uma crise, tinham o hábito de nomear um ditador (palavra só assumiu a conotação negativa depois). Duas vezes Cincinato foi chamado. Duas vezes a comissão que foi convidá-lo encontrou-o no campo manejando um arado com tração animal. Nas duas vezes, terminado a crise, perguntado sobre o que iria fazer a seguir respondeu que iria voltar para o arado.
    Parlamentares podem até continuar com o que estão fazendo. Mas o correto seria ter no máximo 10 aspones para cada um. E 100 milhões por ano de orçamento seria muito mais do que razoável.

  2. E certo, políticos estão longe da sociedade. Cuidam dos próprios interesses invariavelmente, a próxima eleição.
    Trabalho. Esmero, cuidado que se emprega na confecção ou elaboração de uma obra. Emprego da força física ou intelectual para realizar alguma coisa. Quando esta ‘coisa’ não passa de texto, discurso, sem efeito pratico, não é trabalho, é burocracia inútil. Não é a toa que a politica é dominada pelo pessoal do jurídico.
    Qual o orçamento da Assembléia Legislativa? Pouco menos de 1 bilhão? Gastos com pessoal, pouco menos de 800 milhões contando com a previdencia? Funcionários, pouco mais de 200 efetivos e mais de 1000 cargos em comissão? São quantos deputados, 55?
    Conjunto das atividades humanas empregado na produção de bens ou serviços. Disto a população entende. Nem um nem dois deputados ou deputadas não sabe nada além do que a politicagem de sempre. Tem uma ‘rede de proteção’, como morreriam de fome afastados da atividade que desempenham sempre acabam arrumando um cabide aqui ou acolá, o fundo partidário financia. O que leva a outro problema, não importa qual decisão sobre os destinos da população tomem, quase que invariavelmente não sofrem as consequências das mesmas. A incompetência não é punida.

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