CampanhaEleições 2012Política

ELEIÇÕES. A esbórnia das alianças no Rio de Janeiro. A questão: como explicar a esculhambação ao eleitor

Garotinho ponteia as pesquisas e apoia Dilma. Ah, ele é do PR. O candidato do PT é outro
Garotinho ponteia as pesquisas e apoia Dilma. Ah, ele é do PR. O candidato do PT é outro

Você acha que o Rio Grande do Sul e os partidos que têm um candidato aqui e outro lá está difícil de entender? Acredita que, por exemplo, Ana Amélia Lemos, do PP, estar apoiando Aécio Neves, do PSDB, em vez de Dilma Rousseff, é estranho? Ou que é esdrúxula a situação do PMDB gaúcho, que consegue conviver com um interior dividido entre três diferentes candidatos a Presidente da República, mesmo que o vice de Dilma seja o presidente nacional do partido?

Haveria até outros exemplos regionais de confusão ideological apresentada ao eleitor distraído. Mas nada disso, nada meeeesmo, se compara à esbórnia, à esculhambação politico-ideológica das coligações montadas no Rio de Janeiro. Uma boa tentativa para entender é a reportagem assinada por Maurício Thuswohl, para o portal RBA e reproduzida pelo jornal eletrônico Sul21. Ainda assim, esse editor tem a pretensão de achar que talvez seja difícil entender. Ah, a foto é de Inácio Teixeira/Coperphoto/Fotos Públicas. Confira:

No Rio, bagunça nas alianças partidárias atrapalha tomada de decisão do eleitor

Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca que amava Dora… Não há como não se lembrar da canção de Chico Buarque – ou do poema de Carlos Drummond de Andrade que o inspirou – quando se observa as alianças, formais e informais, feitas para as eleições deste ano no Rio de Janeiro. A começar pela montagem dos palanques presidenciais e chegando à formação das chapas majoritárias para o governo estadual e o Senado, o que se vê no Rio é um cenário político movediço onde nem tudo é o que parece. Mesmo que o termo “bacanal eleitoral” cunhado pelo prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB) possa soar exagerado, esta é, com certeza, desde a redemocratização, a eleição com mais acordos insólitos, fogo amigo e viradas de casaca em terras fluminenses.

O exemplo mais notável das idas e vindas destas eleições no Rio é o movimento autointitulado “Aezão”, deflagrado por lideranças do PMDB no estado para unir as campanhas do presidenciável tucano Aécio Neves e do governador Luiz Fernando Pezão, candidato à reeleição. Apesar do declarado apoio de Pezão à presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, o movimento foi organizado pelo presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, com a maldisfarçada bênção do ex-governador Sérgio Cabral. Foi em uma reunião na casa de Cabral que Aécio convenceu o aliado Cesar Maia (DEM), até então candidato ao governo do Rio, a desistir da candidatura e apoiar Pezão. Em troca, o ex-prefeito do Rio teve assegurada sua indicação como candidato ao Senado na chapa de Pezão.

Ao avalizar esse acordo, Cabral renunciou ao direito de concorrer ele próprio ao Senado, como inicialmente previsto, deu as mãos a um desafeto histórico na política regional e, principalmente, fez nascer na prática o movimento “Aezão”. No início, tudo parecia muito forte, e Picciani reuniu em um almoço em torno de Aécio mil e seiscentas pessoas, entre elas 60 prefeitos de municípios fluminenses. No entanto, a reviravolta no cenário eleitoral federal, com a entrada de Marina Silva (PSB) na disputa presidencial, arrefeceu o ímpeto do movimento tucano-peemedebista. Ao ver as intenções de voto em Aécio no estado minguarem pesquisa após pesquisa, muitos prefeitos e lideranças políticas do PMDB estão optando por voltar ao apoio inicial à Dilma…

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo