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SAÚDE. Para viabilizar obra de hospital, Prefeitura e Unifra têm reuniões nos planos técnico e institucional

Só o que não se pode é alegar desconhecimento: a própria reitora apresentou ao prefeito o que, então, era o “anteprojeto”. Foi no Palacete da SUCV, em 19 de março de 2013 (foto Arquivo AIPM)
Só não se pode alegar desconhecimento: a própria reitora apresentou ao prefeito o que, então, era ‘anteprojeto’. Foi no Palacete da SUCV, em 19 de março/2013 (foto Arquivo AIPM)

Antes, a informação.

Faz pelo menos dois meses, senão mais, que reuniões têm acontecido visando a viabilização do hospital escola da Unifra, no Bairro Nossa Senhora de Lourdes. O objetivo é claro, na visão deste editor: evitar o trauma de um grande embate que seria a tentativa de mudar o Plano Diretor exclusivamente para beneficiar a obra das irmãs franciscanas.

Vai daí que os encontros ocorrem em dois planos: institucional e técnico.

No primeiro, as personagens são a irmã Irani Rupolo, reitora do Centro Universitário Franciscano (Unifra) e o prefeito Cezar Schirmer. Que debatem, basicamente, questões como o tamanho do investimento (coisa superior a R$ 200 milhões) e o que ele significa em termos, por exemplo, de novos empregos diretos e indiretos que seriam criados. E, claro, a obra em si e a tentativa de evitar mudanças na legislação. Ou, se estas forem necessárias, sejam o menos traumáticas possível.

No segundo, a discussão se dá no Instituto de Planejamento (Iplan). Dela participam os técnicos dos dois lados e seus protagonistas são o presidente do Iplan, engenheiro Francisco Severo, e o autor principal do projeto do hospital, o arquiteto André Arzeno. Eles trabalham sobre as questões de natureza legal (não só municipal, mas também estadual – no que toca especificamente ao meio ambiente) e nas mudanças a ser feitas, se for o caso, para atender ao objetivo principal: evitar lesões ao Plano Diretor.

Agora, a análise e opinião.

Parece cada vez mais claro que, em maior ou menor grau, o projeto original do Hospital Escola da Unifra feria o Plano Diretor. Tem a convicção, este editor, que isso aconteceu não por um ato de soberba ou de qualquer outra natureza, mas provavelmente por não se supor que pudesse haver restrições.

O estopim, ou o sinal de alerta, para que todos se dessem conta que algo precisava ser feito é anterior mesmo ao forrobodó midiático de alguns meses atrás. Foi, objetivamente, a interdição das obras por conta de uma determinação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Só aí deram-se conta, os envolvidos, que algo precisaria ser feito.

E, por fim, desconsiderem-se os discursos feitos desde então, inclusive a possibilidade de retirar o investimento de Santa Maria. Isso é virtualmente impossível, na medida em que, qualquer que seja a comuna eventualmente adotada, além de ter que começar tudo de novo, exigências também haveriam, tanto ambientais quanto legais.

A pergunta substancial que fica é: até quando vão seguir debatendo, Prefeitura e Unifra? E uma secundária, mas não menos importante: haverá acordo ou um embate em que a Prefeitura teria que bancar uma mudança no Plano Diretor, o que desagrada amplos setores da comunidade?

Aguardemos!

EM TEMPO: a única coisa que a Prefeitura não pode alegar (e, a bem da verdade, não alega) é desconhecimento do projeto. Chamado, então, de “anteprojeto”, foi apresentado com toda a pompa e circunstância, pela reitora ao prefeito, na manhã de 19 de março de 2013, uma terça-feira, no Gabinete do Prefeito, no Palacete da SUCV. Os detalhes estão AQUI.

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