JANEIRO 27. Filme sobre tragédia da Kiss em cartaz na capital. Grande chance de ser exibido logo em SM
Um dos diretores do documentário “Janeiro 27”, Luiz Alberto Cassol (o outro é Paulo Nascimento), garantiu ao editor do sítio que são grandes as chances de exibição do filme que a todos emocionou, pela forma como foi produzido e a mensagem que procurou passar a todos, ser exibido também em Santa Maria. E para um público amplo.
Nada adiantou, mas o editor apurou que a apresentação, em várias e continuadas sessões diárias, podem acontecer já em dezembro, na boca do monte. Enquanto isso, “Janeiro 27” começa a ser visto por plateias mais amplas, em outros locais. E, agora, será em Porto Alegre, como é possível conferir no perfil de Cassol no Feicebuqui. A seguir, um trecho:
“Janeiro 27 entra em cartaz na Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mário Quintana
O documentário “Janeiro 27” entra em cartaz em 27 de novembro, às 19h 30min, na sala Norberto Lubisco, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. A data marca 01 ano e 10 meses da tragédia de Santa Maria.
Por uma deferência da diretoria e da equipe da Cinemateca Paulo Amorim o valor será simbólico de R$ 5,00. A princípio o documentário ficará em cartaz por uma semana até 03 de dezembro.
O documentário “Janeiro 27” traz depoimentos de pais e sobreviventes da tragédia na cidade de Santa Maria, ocorrida em 27 de janeiro de 2013, na boate Kiss, que vitimou 242 jovens, ao mesmo tempo em que reflete o tema a partir da perspectiva de pais e sobreviventes de dois casos muito similares, a boate The Sation, em Rhode Island, acontecido em 2003 no EUA e a boate Cromagñón, ocorrido em 2004 em Buenos Aires, na Argentina.
“Janeiro 27” foi dirigido por Luiz Alberto Cassol e Paulo Nascimento com produção da Accorde Filmes. O documentário foi realizado após o pedido, para Cassol e Nascimento, dos pais Adherbal Ferreira e Sergio da Silva, integrantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da… (AVTSM). O ator Leonardo Machado se somou aos diretores na produção do filme e, com o argumento, que também é a sinopse “Para que nunca mais aconteça. Não ao esquecimento”, a equipe, totalmente voluntária, realizou o documentário…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI (se você estiver conectado na Rede Social).
O fato atual, que determinados setores(Públicos e Privados) de Santa Maria, boicotarem a apresentação, do documentário do Crime.
Não o desmerece, ao contrario, valoriza seu conteúdo e histórico.(Como isto foi possível,??o que antecedeu??)
Lamentamos todos e pedimos desculpas as famílias e amigos.
Porem não podemos "colocar panos quentes".
"No Crime da Aripuca Incendiaria"
Em qual os produtores, colocaram com sabedoria e depoimentos.
Diria, que pegaram leve.
Não vamos esquecer.
Copio aqui o esclarecimento do Sr. Adherbal Ferreira, pai de uma das vítimas e presidente da AVTSM, feita no facebook.
"… poderia acontecer com qualquer família e é exatamente esse o ponto, EVITAR, para não acontecer com outros. E infelizmente a nossa dor é a maneira a ser mostrada frente ao ESQUECIMEMENTO de muitos ou o tipo "DEIXA PRA LÁ, NÃO É COMIGO"
Neste momento quero deixar claro que EU e SÉRGIO , da AVTSM, com aceitação de familiares e somente familiares de vítimas e sobreviventes que se dispuseram a gravar e falar sendo que os mesmos autorizaram os produtores assim como Claudemir Pereira, que nos tem prestado sua solidariedade e se coloca no lugar. ENTRE outros de outros países que colocaram suas falas…. Enfim, todos contribuíram para que esse documentário acontecesse,.
E em nenhum momento, JAMAIS, se pensou em ganho monetário e nem auto promoção, pois o Luiz Alberto Cassol, e Paulo Nascimento, realizaram esse trabalho com completa seriedade e nós permitimos a liberdade a esses relatos nos quais sempre houve uma pré consulta através da minha pessoa.
TODOS os PARTICIPANTES como CÂMERAS , PRODUTORES , DIRETORES e ENTREVISTADOS , JAMAIS GANHARAM ou tiveram a intenção de ter lucratividade, até porque uma tragédia (massacre) dessa natureza é tão dolorido e cruel que se alguém tiver a intenção de ganhar em cima terá um grande acerto de contas com Deus.
O fato que nos chateia é que muitos comentam sem ter a menor legitimidade e sem saber do assunto, no qual atiram a primeira pedra sem olhar a si mesmo, pois é mais fácil e conveniente …… .
Esse documentário NINGUÉM MUITO MENOS EU gostaria de participar, jamais queria estar escrevendo essas palavras sobre esse assunto, pois nunca queria estar dentro desse massacre que causou 242 vítimas e mais de 600 sobreviventes.
Sendo mais breve e finalizando, o filme é de todos e as exibições não existe lucros de nenhuma forma, são isentos e está sendo exibido em faculdades, congressos, cursos, palestras, seminários, e onde alguém solicitar de forma gratuita. Os custos no caso de cinemas é o básico para a manutenção do local e também a custo inferior ao normal. Santa Maria está nos planos, porém nenhum órgão se interessou…. Aliás… ESTRANHO… pois aqui deveria ser o grande exemplo da cidadania…..
Portanto estou a disposição para esclarecimentos. O que NÃO se quer é que tragédias aconteçam mais. O FILME É UMA FORMA DE CONCIENTIZAR O CIDADÃO E CIDADÃ de Santa Maria, RS, Brasil e mundo."
alberto /// é esse o nome mesmo? /// vou te explicar /// é bem simples /// imagina esquecer o Holocausto /// nunca mais mostrar nenhum depoimento sobre o assunto /// o q tu acha? /// esquecer a história /// vamos mudar de assunto /// imagina ñ se falar mais no 11 de setembro /// nos ataques no world trade center /// como aquelas famílias dos q morreram e dos q sobreviveram ficariam? /// é isso /// memória é memória /// ñ se apaga como borracha em um papel /// sei o q é perder pessoas /// sei o q é seguir em frente /// mas esse assunto ñ tem nada com seguir ou ficar parado /// a vida segue /// o q ñ pode seguir é deixar para lá /// daí vai ocorrer de novo /// entendeu? /// tenha coração /// e trate de respeitar familiares /// tu ñ está fazendo /// tua posição é muito estranha /// isso sim é q tem q ser dito /// lino tesselle /// de itaara
Penso que é o "fim da picada" porque não preserva a intimidade da vida das famílias envolvidas e das pessoas que infelizmente morreram. É o "fim da picada" porque um documentário não vai ajudar a fazer justiça. É o "fim da picada" porque só reverte em mais dor, em dor sem fim para todas as pessoas envolvidas. A justiça deve ser feita, e isso independente de ter ou não um documentário, mas a vida deve ir adiante. Quem gostaria de ser torturado para o resto da vida com o pretexto de que uma tortura do passado deve sempre ser lembrada? É preciso ter coragem para ir adiante. Reviver e reviver grande sofrimento não é vida. Sim, é saudável e necessário deixar o tempo esquecer (estou falando das famílias envolvidas, não "esquecer" que se deve fazer justiça). Entenderam? Só quem passou por grande sofrimento sabe como é saudável e necessário ir adiante.
O filme é algo necessário, para que não caia no esquecimento de uma cidade uma covarde matança coletiva, para a qual concorreram, em proporções parecidas, ganância, irresponsabilidades e negligências. Quem se incomoda com isso, simplesmente não assista, enfie a cabeça debaixo do travesseiro ou a enterre, feito avestruz. Os idealizadores e realizadores do projeto cumprem, com sua arte, o papel social que autoridades e até parcela da população não cumpriram, envolvendo respeito à memória, conforto e solidariedade.
"É o "fim da picada" fazerem um documentário sobre essa tragédia…"
Tragédia virgula, crime hediondo.
O fim da picada é seu comentário, agressivo as vitimas e familiares.
Não esqueceremos e o documentário é um exemplo.
A verdadeira cidade quer assistir,Eluza, tenha certeza.
Vocês e a AVTSM continuarão lutando.
É o "fim da picada" fazerem um documentário sobre essa tragédia, mesmo que tenha sido pedido por alguns pais.
Claudemir, sei que os esforços estão sendo feitos para que o documentário entre em cartaz em Santa Maria. A impressão que fica é de que a "cidade" não quer vê-lo. Quem já viu, e sempre fora de Santa Maria (Festival de Cinema de Gramado, Santa Catarina, Argentina, etc), pode perceber o quão sensível é o documentário. O esforço, tanto dos diretores quanto da AVTSM, tem sido sempre no sentido de que todos tenham a oportunidade de assistir.