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EDUCAÇÃO. Liliana de Oliveira, em artigo de estreia: debate sobre o aluno, a escola e o modelo neoliberal

“…Dentro de um modelo neoliberal, quanto mais a escolaridade básica habilitar o sujeito para o desenvolvimento de habilidades e competências, quanto mais capacitarmos um sujeito para agir, tomar decisões, assumir responsabilidades, antever possibilidades, construir argumentos, dominar linguagens, etc., mais capacitado estará para competir dentro do mercado de trabalho. Uma das características mais marcantes dessa governamentalidade neoliberal é incentivar a competição. Competição presente e estimulada no interior das instituições.

Dentro dessa lógica neoliberal precisamos criar as condições para que os indivíduos comprem mais, consumam mais. Há uma íntima relação entre competição e consumo dentro do capitalismo, mas o consumo é secundário em relação à competição. As escolas investem no dispositivo do empreendedorismo, ou seja, no imperativo do auto-empresariamento. A escola privada e/ou pública é necessária para o neoliberalismo, pois ela vai preparar empreendedores,a medida que o aluno, a partir da educação recebida naquela instituição, se apresenta melhor, se empresaria melhor…”

CLIQUE AQUI  para ler a íntegra do artigo “Filosofia e Governamentalidade”, de Liliana Souza de Oliveira – que estreia esta semana no sítio, onde escreverá semanalmente, as terças-feiras. Ela é graduada e Mestre em Filosofia pela UFSM. Atualmente doutoranda em Educação na mesma Universidade e professora de Filosofia do Instituto Federal Farroupilha/Campus São Vicente do Sul.

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5 Comentários

  1. GEF diferentemente de você que acha que o nome que se dá as coisas não importa" entendo que o que nos faz humanos é nossa capacidade de nomear. É porque somos seres de linguagem que nomeamos e ao nomear significamos, nos compreendemos, estabelecemos interdições e formas de veridicção. Só filosofa, quem nomeia. E a filosofia diferentemente do que você diz, sempre esteve muito mais preocupada em perguntar do que encontrar respostas. Por isso, aquilo que Platão se perguntava ainda continuamos nos perguntando…são as questões mais fundamentais da humanidade. Filosofar, nomear, refletir sobre o modelo econômico que temos, sobre a escola que fazemos e como chegamos a ser o que somos é fundamental. Afinal, isso nos faz humanos e nos habilita a construir um mundo melhor!

  2. O SR. GEF tem mania de meter a colher em assuntos que ele desconhece e educação é um deles, alias todo mundo se acha no direito de opinar nesse tema.Quero informar a esse cidadão que a os países da Asiáticos são os que mais usam mão de obra infantil quase escrava para trabalhar inclusive na fabricação de tênis que são vendidos em lojas de nossa cidade.Os maiores teóricos em educação já constataram que todas as pessoas tem condições de aprender o que diferencia é o meio e as oportunidades de cada uma.Concordo plenamente com o comentário do Peri Alexandre.

  3. Qual o melhor professor, o que faz o aluno pensar e desenvolver o espírito crítico ou o que doutrina os alunos em busca de "fiéis"?
    A velha tática de colar rótulos nas pessoas para não precisar debater idéias. "Como bem" e "sou contra as políticas públicas", logo sou contra os pobres. Cansei de escrever aqui que o bolsa família é uma merreca por exemplo. Pouco mais de 24 bilhões num orçamento de quase dois trilhões.
    Igualdade? Não existe isto, somos todos diferentes, capacidades e limitações diferentes. Este 171 da igualdade já foi usado que chegue. Quando houve a grande fome na China, Mao passou fome também? E o racionamento em Cuba atingiu a família Castro? Começa com discurso da igualdade e depois uns são mais iguais do que outros.
    Compartilhar…quem prega o compartilhamento fica só no discurso ou aplica o conceito? Ou querem socializar só o que é dos outros?
    Na Coreia, os alunos estudam 14 horas por dia (não fiz juízo de valor). A escola normal deles também é um monte de abobrinhas, funciona em turno integral. Depois da escola, a grande maioria contrata professores particulares para ensinar o que interessa. Exploração, suicídios, inaceitabilidade do fracasso são outros assuntos que vão além da educação. Ampliar o assunto é outra tática velha.

  4. Eu penso que é fácil falar contra uma educação diferenciada e igualitarismo (seja econômico ou educacional), por que os que comem bem sempre acham que o governo gasta demais com políticas púbicas "gef". Tu achas condenável ensinar igualdade? ensinar a compartilhar? talvez tu devesse repensar teus conceitos "direitistas", já que falou da educação asiática, fala da exploração da mão de obra que lá existe, fala também de uma das maiores taxas de suicídio de jovens do mundo, onde nessa cultura, o "fracasso" não é tolerável! falar meias verdades, com uma crítica só pela crítica é fácil… eu particularmente gostei muito do texto, e tenho orgulho de ter essa filosofa no sentido grego) como minha professora.

  5. O nome que se dá as coisas não importa. Há 4 mil anos, quando um feirante na cidade mesopotâmica da Babilônia acordava muito cedo, sabia que tinha que trabalhar para ganhar a vida e colocar comida em cima da mesa. Sabia também que, se não aparecesse para trabalhar, os clientes dele iriam comprar em outra banca. E sempre que aparecesse, o resultado sempre dependeria da qualidade dos produtos e da própria habilidade como vendedor.
    Filosofia é ligada a perguntas básicas e importantes. A história da filosofia é a história de gente muito inteligente que tentou encontrar respostas para estas perguntas. Não é a história de como chegamos a dogmas.
    E pode-se falar em consumismo, neoliberalismo, todos os ismos. Pode-se liberar o currículo das escolas, ensinar qualquer baboseira esquerdista que se quiser. Entrar de cabeça neste "se não ganho não brinco mais". Existem milhares de estudantes coreanos estudando 14 horas por dia que não estão nem aí para esta ideologia. E o padrão de vida deles será bom no futuro e o do brasileiro irá afundar.

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