ROLO NO PT. Corrente majoritária rejeita Fabiano e quer Valdeci ou nome novo, que ‘até’ pode ser Werner

Há coisa de 10 dias, o processo começou. NOTÍCIA do sítio dava conta da posição do grupo interno do petismo, o “PTLM”, de lançar o nome de Fabiano Pereira como pré-candidato a prefeito. Foi um reboliço. Afinal, a ideia da agremiação (ou pelo menos da maioria dos dirigentes) era jogar a discussão apenas para meados do próximo ano.

De lá para cá, é um zunzunzum só, nos bastidores. Houve reunião do Diretório Municipal, que manteve a decisão de jogar tudo para 2015. No encontro, nada de oficialização das pretensões de Fabiano, que detém apenas 20% dos votos internos. E ficou o dito pelo não dito. Quer dizer, na parte pública. Intramuros, porém, a agitação é total.

Nos últimos dias, com fontes diversas, o editor obteve informações sobre a posição do grupo majoritário (tem controle numérico do Diretório e da Executiva) na sigla, o PT Amplo e Democrático, que tem como principal líder o deputado federal Paulo Pimenta. E também obteve informações “em off”, sobre o processo interno de definição da candidatura petista para a sucessão de Cezar Schirmer.

Os pontos a seguir são informação. Logo em seguida, você terá a avaliação claudemiriana. Acompanhe:

1) O nome que o PT Amplo apoia como candidato a prefeito é Valdeci Oliveira. Mas há prazo para isso. A corrente já deu conta ao deputado estadual que pretende aguardar uma decisão dele até maio.

2) Na hipótese do Valdeci recusar-se, o PT Amplo oferecerá um nome ao Partido. O primeiro deles é o do próprio Paulo Pimenta, mas Helen Cabral, que concorreu em 2012, é a alternativa.

3) A corrente liderada por Pimenta entende que o PT não deve impor aos possíveis aliados a obrigatoriedade de ter o candidato a prefeito, podendo também compor uma aliança como vice. E esta é, talvez, a grande novidade nesse processo. Afinal, significaria ao petismo abrir mão da cabeça de chapa.

4) Por contadisso, os “amplistas” defendem a expansão do diálogo com diferentes setores da comunidade para, como disse literalmente um dos ouvidos pelo editor, “uma aliança ampla e representativa com condições de ter estabilidade política para realizar um governo de reconstrução de Santa Maria”.

5) O “Amplo” também entende que os nomes do PT devem ter “liderança, capacidade de diálogo , trânsito, densidade eleitoral e experiência de gestão para serem apresentados para avaliação dos demais partidos.” E,

6) O único nome que não conta com qualquer apoio da corrente hoje majoritária no PT é exatamente Fabiano Pereira, que dispõe-se a candidatar-se.

AVALIAÇÃO CLAUDEMIRIANA:  Com base no que disseram as fontes ligadas ao Amplo, mas que preferem não se identificar, parece absolutamente claro que, a continuar o atual status quo interno no petismo, para Fabiano Pereira virar candidato – pelo menos via PT – terá que convencer parte do “Amplo” (que até aqui tem sido monolítico), Valdeci Oliveira (e a corrente “Unidade na Luta”), o grupo “Movimento PT” e toda a chamada esquerda petista, que seria, entre outras correntes, a Democracia Socialista (DS) e a Articulação de Esquerda (AE). O que é, convenhamos, muito pouco provável.

De outra parte, o editor apurou que setores petistas trabalham com a ideia de apoio a Werner Rempel (do PPL), mas isso é dificultado por conta da aproximação dele com Fabiano. Parece claro que, se Werner quiser o apoio petista teria que afastar-se do líder do PTLM. O editor considera também essa hipótese bastante improvável. No entanto, política é… política.

Por fim, a possibilidade de um nome “novo”, um “Fernando Haddad” (atual prefeito de São Paulo e que empolgou os petistas a ponto de vencer a eleição), teria que vir, convenhamos, “do além”. Em 2010, consta, chegou-se a pensar em (e até sondar) Walter Jobim Neto, atual provedor do Complexo Hospitalar Dr Astrogildo de Azevedo. Este não deixou a ideia prosperar. Agora, os bastidores falam em Paulo Burmann. Gente bastante ligada ao reitor da UFSM, ouvida pelo sítio, disse que a ideia de Burmann é completar o mandato de quatro anos. Portanto…

Portanto, o nome tende a ser mesmo o de um petista. Ou, mais remotamente, Werner Rempel. E não Fabiano. Valdeci Oliveira? Depende do deputado. Aguardemos!

OBSERVAÇÃO: as fotos que ilustram essa nota foram retiradas dos perfis dos personagens, no Feicebuqui.