Na parede. Aldo e Chinaglia travam briga de morte para presidir a Câmara dos Deputados
O atual presidente da Câmara dos Deputados, o comunista do B, Aldo Rebelo, quer por que quer continuar no cargo. É direito dele. E também pretende ter o apoio (que já existe, mas não é público) do maior eleitor, Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, porém, precisa viabilizar-se politicamente, o que significa ter mais que o apoio de partidos oposicionistas, como PSDB e PFL. É necessário mostrar que tem o respaldo da maior parte da chamada base aliada.
O petista Arlindo Chinaglia também encasquetou que a Presidência da Câmara é o seu destino político para os próximos dois anos. É do partido do Presidente, mas isso não significa que tenha o apoio lulista. Que só terá se, como Aldo, conseguir respaldar-se com os aliados principais do governo. E já tem o apoio oficial do PT. O que é bastante, mas longe está de suficiente.
Então, temos dois candidatos governistas. Que, se não se entenderem, correm o risco de ver um pefelista (que tal Inocêncio de Oliveira?) assumir o comando da Câmara dos Deputados. O que seria um desastre para o governo. Que, porém, ainda não deu o ar de sua graça nessa discussão. Pelo menos oficialmente.
Os movimentos de hoje são interessantes. A uma promessa de Chinaglia, com o apoio formal do PT, de conceder os dois últimos anos de Presidência da Casa a um nome peemedebista, para ter agora o apoio do principal partido da coalizão governista, Aldo prometeu o mesmo. E o petista respondeu propondo uma prévia entre os dois, na base aliada. Mas, quem seriam os eleitores?
Pode não ser muito agradável a Lula e ao governo assistirem a essa desbragada disputa. Mas os analistas, entre os quais eu (nem tão) modestamente me incluo, estão se divertindo muito. Isso eu garanto. Sobre os últimos lances dessa disputa, sugiro a leitura da notícia divulgada pelo site especializado Congresso em Foco. A seguir:
Chinaglia encontra Temer e repete proposta de Aldo
O deputado Arlindo Chinaglia (SP), candidato do PT à presidência da Câmara, se reuniu hoje (3) com o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Pela manhã, Temer encontrou-se com o outro candidato à presidência da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente da Casa.
No encontro com Temer, Chinaglia reforçou a proposta do PT de fazer um revezamento com o PMDB na presidência da Câmara. Sobre o fato de Aldo ter feito a mesma oferta aos peemedebistas, o petista afirmou que o seu adversário não tem condição de fazer essa promessa porque pertence a um pequeno partido.
“Tomo como um elogio [Aldo repetir a proposta]. Significa que fizemos um passo político importante e correto. A proporcionalidade implica numa regra democrática que faz corresponder no parlamento à soberania popular. Neste sentido, PMDB e PT é quem têm a condição intransferível de produzir o acordo”, declarou o petista.
Chinaglia também reafirmou que tem o apoio do PSDB, ao relatar que ouviu de líderes do partido que eles seguirão a proporcionalidade. “Não creio que houvesse posicionamento do PSDB a favor de nenhum dos candidatos. O líder do partido na Câmara, deputado Juthay Magalhães [PSDB-BA], me relatou que eles se guiarão pela proporcionalidade, o que beneficia minha candidatura”, disse o petista.
Chinaglia revelou ainda que a sua candidatura recebeu o apoio do PL. O candidato do PT disse que conversou com o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto (PL-SP), que garantiu que irá apoiá-lo. Costa Neto foi um dos parlamentares que renunciou ao mandato durante o escândalo do mensalão para fugir do processo de cassação de mandato…
SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do Congresso em Foco na internet, no endereço http://congressoemfoco.ig.com.br/Ultimas.aspx?id=13666.
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