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LAVA JATO. Saiba de que são acusados os deputados do PP gaúcho: “formação de quadrilha, corrupção…”

Zavascki acolheu a Petição 5260: formação de quadrilha e corrupção, entre os crimes investigados
Zavascki acolheu a Petição 5260: formação de quadrilha e corrupção, entre os crimes investigados

A situação, definitivamente, não é mansa para os seis gaúchos, todos do PP, que serão investigados em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria Geral da República. Dentre os vários procedimentos, um deles especialmente é considerado o mais importante. Ele faz parte da chamada Petição 5260.

Em função dela serão investigados 35 políticos, pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de inheiro e corrupção passiva (recebimento de propina). Esse último, inclusive, conforme especialistas, guarda semelhança ao crime de que foram acusados muitos na Ação Penal 470, também conhecida como processo do Mensalão. O quê? O recebimento de “mesadas”, que, na maior parte dos casos, significariam algo entre R$ 30 mil e R$ 150 mil mensais entregues em espécie nos apartamentos funcionais dos parlamentares.

Dentre os 35 investigados por conta dessa Petição, estão os seis pepistas gaúchos, todos do PP: o ex-deputado Vilson Covati e, em ordem alfabética, os atuais deputados Jerônimo Goergen, José Afonso Ebert Hamm, José Otávio Germano, Luiz Carlos Heinze e Renato Delmar Molling.

Para saber mais detalhes desse aspecto da Operação Lava Jato, e também acessar (num linque específico) a íntegra da Petição 5260, acompanhe o material originalmente publicado no portal especializado Congresso em Foco. A reportagem é de Fábio Góis, com foto de Valter Campanato, da Agência Brasil. A seguir:

PGR vê repetição de mensalão na Petrobras: políticos recebiam pagamento mensal de propina

modus operandi do mensalão, que consistia em repasses mensais a parlamentares durante o primeiro mandato do governo Lula, guarda semelhança com as práticas descritas na Petição 5260, acatada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e formalizada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no desdobramento político da Operação Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, um grupo de 35 políticos com os mesmos interesses foi beneficiado por “processo sistêmico de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos, notadamente com utilização de agremiações partidárias, no âmbito do esquema criminoso perpetrado junto à Petrobras”.

Por meio de nota, a Procuradoria-Geral da República (PGR) diz que havia pagamento mensal a políticos a partir de propinas pagas para a obtenção de contratos junto à estatal. “O principal (dos inquéritos, a Petição 5260) trata do esquema de pagamento de propina a agentes políticos responsáveis pela indicação de integrantes de três diretorias da Petrobras. Segundo os depoimentos, os políticos responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para Diretoria de Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria, outra parte era destinada a integrantes do PT responsáveis pela indicação de Renato Duque para Diretoria de Serviços. Era essa diretoria que indicava a empreiteira a ser contratada, após o concerto entre as empresas no âmbito do cartel. A PGR informa que, de 2004 a 2011, o PP sustentava a indicação de Paulo Roberto. A partir de 2011, os integrantes do PMDB assumiram a indicação do diretor. Daí porque também passaram a receber uma fatia da propina”, relata a PGR em nota divulgada após a divulgação pelo STF da lista dos políticos a serem investigados.

Ainda segundo a Procuradoria, os subornos eram pagos por empreiteiras a políticos sem intermediários, ou por meio de operadores financeiros como os doleiros Alberto Youssef e Fernando Baiano e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. A divisão política dos departamentos da estatal incluía as diretorias de Abastecimento, de Serviços e do setor internacional, chefiadas respectivamente por Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró, cada um deles apadrinhado por um partido. Esse esquema era controlado por PT, PMDB e PP e se prolongou de 2003 a 2012. Vaccari atuava na Diretoria de Serviços e distribuía valores, diz a PGR.

“Associação criminosa”

Teori acolheu, nesta sexta-feira (6), o pedido de Janot e determinou a abertura de 28 investigações contra parlamentares e ex-parlamentares de cinco partidos: PMDB, PP, PT, PTB e PSDB. Ao todo, 54 processos foram formalizados, com alguns nomes repetidos em mais de um procedimento investigatório…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

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3 Comentários

  1. A política partidária está podre no Brasil! A maioria, de qualquer partido quer tirar vantagens pessoais de suas funções. José Mojica, ex-presidente do Uruguai disse que a política não deve ser encarada como uma oportunidade de ficar rico, mas como uma oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do país.

  2. Existem outros documentos, não sei se vazados ou públicos, com declarações do doleiro. Uma decisão do ministro do STF talvez. Teriam mais detalhes.
    STF recebeu 5 caixas com documentos, viraram meia dúzia de páginas. Difícil formar opinião com toda esta "transparência".

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