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CIDADANIA. Se depender da Comissão da Câmara, maioridade penal pode baixar até ao ventre materno

André Moura (D) e Efraim Filho comandam os trabalhos na Comissão: eles querem a redução
André Moura (D) e Efraim Filho comandam os trabalhos na Comissão: eles querem a redução

Haverá quem pense ter sido sensacionalista o título desta nota. E foi, admite o editor. Para chamar mesmo a atenção, pois o que se está gestando na Câmara dos Deputados é isso mesmo – a depender da Comissão Especial que trata do assunto e da qual sairá a síntese do projeto a ser votado, depois, pelo plenário da Casa.

Basta conferir quem participa do Colegiado. Dos 27 titulares, nada menos que 20 já se manifestaram a favor da redução da imputabilidade penal para 16 anos. Mas, dentre eles, há os ainda mais radicais. Quer dizer… Ah, para saber mais sobre isso, confira o material publicado originalmente no portal Congresso em Foco. A reportagem é de Wilson Lima, com foto de Luis Macedo, da Agência Câmara de Notícias. A seguir:

Maioria de comissão apoia reduzir maioridade penal

Dos 27 titulares da comissão especial que vai analisar a proposta de emenda à Constituição (PEC 171/93) que reduz a maioridade penal para os 16 anos, pelo menos 20 já se manifestaram publicamente a favor da medida. Entre os apoiadores da mudança, cinco apresentaram proposições na Câmara para baixar a chamada imputabilidade penal ou convocar um plebiscito para que a população decida sobre o tema. Três deles são autores de PEC sobre o assunto e que serão analisadas pelo próprio colegiado: o presidente da comissão, André Moura (PSC-SE), Keiko Ota (PSB-SP) e Sandes Junior (PP-GO).

Apenas seis integrantes da comissão especial são declaradamente contrários à redução da maioridade penal: as deputadas Érika Kokay (PT-DF), Margarida Salomão (PT-MG) e Maria do Rosário (PT-RS) e os deputados Weverton Rocha (PDT-MA), Rubens Bueno (PPS-PR) e Tadeu Alencar (PSB-PE). 

Veneziano Vital do Rego (PMDB-PB) votou a favor da admissibilidade da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não chegou a se pronunciar oficialmente a favor da redução da maioridade penal. Na CCJ, não foi analisado o mérito, mas a maioria dos parlamentares decidiu que reduzir a idade para que adolescentes sejam punidos como adultos é constitucional. Críticos da alteração dizem que a mudança fere ponto da Constituição que jamais poderia ser modificado.

Ao todo, a comissão especial examinará 38 propostas que tramitam em conjunto. A maioria das PECs reduz para 16 anos a maioridade penal, mas há sugestões para que infratores de até 14 e 12 anos sejam responsabilizados criminalmente, de acordo com decisão do juiz. O relator só será conhecido na próxima quarta-feira (15). A comissão ouvirá especialistas favoráveis e contrários à mudança e terá de se reunir 40 vezes. Só após a aprovação, o texto seguirá para o plenário, onde é necessário o apoio de 308 deputados, em duas rodadas de votação. No Senado, é necessário o voto de 49 dos 81 senadores.

Ives Ota

Mãe do garoto Ives Ota, assassinado aos oito anos de idade em 1997, Keiko Ota questiona a tese de que adolescentes não podem ser tratados como adultos quando cometem crimes. “Como acreditar que um jovem que tem capacidade de escolher seus líderes políticos através do sufrágio, de constituir economia própria e até de casar, não seja tenha a consciência de que matar, roubar, estuprar ou sequestrar sejam condutas erradas?”, indaga a deputada na PEC que apresentou em 2012.

Adultos, os assassinos da criança foram condenados a 43 anos de reclusão, mas cumpriram apenas seis e foram soltos, com base no regime de progressão penal. Ives foi sequestrado por três homens quando brincava dentro de casa, na Zona Leste de São Paulo. Foi assassinado com dois tiros no rosto após reconhecer um de seus sequestradores, policial militar que trabalhava como segurança na loja de seu pai…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

PARA CONHECER A POSIÇÃO DE CADA INTEGRANTE DA COMISSÃO, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Sensacionalista não, falacioso. Ninguém pode negar que existe um problema sério de delinquência juvenil no Brasil. Os democratas acham que a solução é não debater o problema, engavetar qualquer proposta. Congelar a discussão só faz o problema aumentar. E aí vem o ponto de ruptura.

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