É bastante provável que o movimento no sentido contrário se dê de uma forma vigorosa. A mídia, definitivamente, não está muito interessada em aprofundar a “Operação Zelotes”. E por razões, convenhamos, mais ou menos óbvia. E o desinteresse (e a campanha contra) pela CPI não se dá pelas investigações em si mesmas. Mas, sobretudo, porque com o poder de uma Comissão do tipo, será possível desnudar para o mundo, mesmo que via internet, o que hoje talvez esteja apenas no raso publicado pelas redondezas, escudado pelo sigilo.
De todo modo, a ideia de criar a Comissão Parlamentar de Inquérito é real, como você pode conferir no material do portal Rede Brasil Atual (RBA), com foto da Agência Brasil, e reproduzido pelo jornal eletrônico Sul21. A seguir:
“Operação Zelotes pode ser alvo de CPI no Senado
O Senado deve decidir durante esta semana se instalará uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo de corrupção detectado por meio da chamada Operação Zelotes, da Polícia Federal. Ou se as investigações sobre o caso serão incorporadas à CPI do HSBC, que apura prática de evasão de divisas e de sonegação fiscal por brasileiros que aparecem como correntistas de uma unidade do banco inglês na Suíça.
A Operação Zelotes, que se for transformada numa comissão parlamentar será chamada de “CPI da Receita”, investiga fraudes relativas a propinas pagas por empresários a agentes públicos para reduzir o valor de impostos devidos à Receita Federal – o que pode ter resultado em perdas de R$ 6 bilhões a R$ 19 bilhões aos cofres públicos.
O pedido para instalação da CPI foi protocolado pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), e já foram coletadas 32 assinaturas, tanto por parlamentares da oposição como da base aliada do governo – cinco a mais do que o número necessário regimentalmente. Os senadores só têm de decidir, a partir de agora, se consideram melhor, mesmo, apurar os trabalhos de forma isolada dentro de uma comissão de inquérito – seria a quinta a entrar em funcionamento na Casa nesse início de legislatura. Existe o temor de que haja perda de agilidade e de eficácia.
Os que são contrários à ideia de junção das apurações com o caso das contas irregulares do HSBC, por sua vez, argumentam que muitos detalhes podem acabar sendo deixados de lado, numa investigação conjunta sobre dois casos tão complexos…”
PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.
Governo bloqueou (primeiro serviço do Temer) a CPI do BNDES. Objeto? Meio trilhão de reais com destinos diversos. Por que será?