DATA. Irmã Lourdes saúda trabalhadores no seu dia. E lamenta ação que cancelou a Feira da Moda Gaúcha
A coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill, está divulgando uma “carta aberta”. Nela, a líder maior da economia solidária na comuna, se manifesta acerca do Dia do Trabalhador. Mas também vai fundo noutra questão: o cancelamento, por decisão judicial e a pedido de entidade do comércio, da Feira da Moda Gaúcha, que acontecia no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheister. Confira, a seguir, na íntegra:
“Carta aberta à comunidade santa-mariense
1º de maio, Dia de São José Operário e Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.
Através desta carta, saúdo à todos os trabalhadores e trabalhadoras de todas as classes sociais, que lutam pela Dignidade do Trabalho e o direito de ir e vir para ganhar o seu pão de cada dia, com trabalho, luta, suor, dignidade humana e a valorização do trabalho que realiza e dignifica toda a pessoa humana.
Além desta saudação, aproveito também para esclarecer sobre o cancelamento da Feira da Moda Gaúcha e do Artesanato no dia 23 de abril de 2015 por Ação Judicial pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Santa Maria.
O Projeto Esperança/Cooesperança junto com organizadores e expositores da Feira, lamentamos esta Ação Judicial, que cancelou a Feira sem diálogo e com vários argumentos que gostaria de esclarecer.
A Feira estava muito bem organizada, e o público visitante estava muito alegre e animado com esta oportunidade e qualidade do produto e preços acessíveis. O que é de estranhar que o autor da Ação Judicial afirmou que os expositores levam todo dinheiro embora de Santa Maria.
Relato dos inúmeros benefícios que esta Feira deixou para a cidade de Santa Maria:
· Todas as taxas exigidas por Lei foram pagas na Prefeitura Municipal.
· Os Alvarás da Prefeitura foram pagos e obteve-se a licença de funcionamento pela Prefeitura Municipal.
· O PPCI (Projeto de Prevenção de Controle de Incêndio) aprovado pelos Bombeiros e o Alvará de Licença foi pago devidamente.
· O estacionamento no local cobrado pela Prefeitura Municipal, foi pago integralmente.
· O imposto do ICMS que cabe ao Município será devidamente depositado por todos os expositores de fora que emitiram a nota fiscal dos seus produtos e é devidamente pago ao Fundo de Participação dos Municípios que fica para Santa Maria.
· Em torno de 60 pessoas se hospedaram nos hotéis da cidade durante os dias da Feira, abasteceram seus veículos, usaram o transporte coletivo, táxi, os restaurantes da cidade e gastaram para se manterem aqui na cidade de Santa Maria durante estes dias.
· Praticamente duas dezenas de pessoas de Santa Maria trabalharam como diaristas durante a Feira e receberam a sua contribuição justa e merecida, cuja oportunidade agradeceram muito.
· Os Veículos de Comunicação foram beneficiados pela divulgação da Feira.
· Em torno de 40 grupos do Artesanato e da Economia Solidária do Projeto Esperança/ Cooesperança, GARE e Múltiplas Artes de Santa Maria puderam expor os seus trabalhos, os quais envolveram centenas de pessoas. Na cidade tem pouco espaço para comercializarem os seus produtos pela carência que a cidade tem para esta profissão dos Artesãos, pois não tem uma Casa do Artesão que lhes dê oportunidade de comercializar os seus produtos.
· Além dos 40 grupos de Artesãos, 05 estandes foram de Empresas de Santa Maria nos Pavilhões da Feira da Moda Gaúcha que expuseram os seus produtos.
Na reflexão que estou fazendo nesta carta aberta, gostaria de lembrar que em Santa Maria, um dos segmentos é o Comércio dos Lojistas, mas muitos outros setores compõem o Desenvolvimento Sustentável da nossa cidade, e que Santa Maria está se tornando a cidade dos Shoppings e das Multinacionais, mas tem lugar para todos. Para onde é levado o dinheiro destes setores? Os demais setores também geram trabalho, renda e desenvolvimento para a cidade e gostariam de ter direito de trabalhar, assim como os demais.
Em Santa Maria, muitas coisas que ajudam a levantar o astral, o ânimo e o desenvolvimento da cidade estão sendo combatidos por um pequeno grupo que só pensa no seu setor e desconsidera as pessoas que precisam de trabalho, renda, dignidade de sobrevivência e lutam por este direito. Na nossa cidade, há tantos assaltos, mortes, roubos, comércio de drogas, uso de armas ilícitas. A qualidade de vida dos cidadãos/ãs que são lesados nos entristece muito. É um descuidado com a vida. Os recursos gastos com Segurança Pública são enormes e mesmo assim há muita carência na Segurança.
As coisas boas que ajudam a cidade a se erguer, são abafadas por um pequeno grupo. Isto não é justo e não é saudável para a cidade. Neste dia 1º de maio, dia do trabalhador e da trabalhadora clamamos por oportunidades de trabalho para todos. O Sol nasceu para todas as pessoas que tem direito de ir e de vir. A Legislação das Feiras Eventuais em Santa Maria, precisa ser revista, como que está colocada a Lei, ela é injusta e beneficia poucos.
As Feiras fazem parte da Cultura Popular de todos os cidadãos/ãs. Por que não podem ser realizadas em Santa Maria? Sabemos que a Legislação vigente impede, mas precisa ser revista. Sugiro que se faça uma Audiência Pública pela Câmara de Vereadores de Santa Maria para debater este importante assunto.
Viva o trabalho e Viva todos os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.
Irmã Lourdes Dill
Coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança”
Em Santa Maria querem multar quem joga lixo no chão, mas, aparentemente, a Prefeitura não é obrigada a seguir a legislação municipal. Lei Complementar 77 de 2010:"Para os efeitos desta lei consideram-se como feiras eventuais de natureza econômica, comercial ou prestação de serviços, cuja atividade principal seja a venda diretamente ao consumidor de produtos manufaturados ou industrizados, todos e quaisquer eventos temporários cuja periocidade seja de 01 a cada semestre e cuja duração não exceda de 05 dias consecutivos."
Bueno, o problema é uma repetição do que aconteceu no passado, inclusive já houve manifestação do judiciário sobre o assunto.
E a "turma do mal", estes "malditos" que ousam procurar o judiciário para defender seus interesses "mesquinhos"? Não sabem que para a "turma do bem" a lei não se aplica? Direito é qualquer coisa que eles achem que seja e não o que se defende no fórum ou nos tribunais?
Total zero, existe uma crise econômica. Existem inúmeros lojistas que estão lutando para manter o nariz fora d'água. Não têm subsídios e ainda pagam IPTU, direitos trabalhistas, etc. Não poucos irão fechar as portas antes do ano acabar. E demitir. Com certeza, não serão os grandes.
A irmã Lourdes é GENTE QUE FAZ! De fato e não de discurso mole. Incomoda muito porque, na nossa querida terrinha, quem empreende corajosamente, verdadeiramente, com resultados mensuráveis, é tratado assim. Com proibições, retaliações e deboche.Por coisas assim que Santa Maria padece. Tem que fazer promessa e romaria até prá trocar uma lâmpada.
Acho que o País está sofrendo um retrocesso e uma tentativa de desestruturação da classe trabalhadora.O projeto ESPERANÇA é uma referencia nacional na organização d@s trabalhador@s ,dando oportunidade , através das FEIRAS de ECONOMIA SOLIDÁRIA ,aos trabalhadores , organizados em cooperativas , associações e grupos familiares ,comercialuzares seus produtos
Muito Santa Maria, tem a ganhar com a coluna do jornalista Claudemir Pereira. E como é de praxe, deve ter levado pedradas e ofensas, porque reconhece o direito básico de todos: a sobrevivência, o direito à vida, o bem maior. E todos como a Ir. Lourdes Dill, não são menos agredidos por esses "Caras de Pau", pequenos grupos que se valem de uma sigla, reconheço de muito direito: para agredir, desestruturar, desfazer de forma insustentável, o bem público, não estou contra a sigla, mas contra a ação injusta dos seus dirigentes do Direito de IR e Vir e gozar de plena liberdade para a concretização de dons ou opções que o Criador, assim doou a cada um. Todas as diligências, totalmente legalizadas,sem nenhum furo ou falha da Feira Gaúcha e do Artesanato no dia 23/04*2015 foram cancelado por "Ação Judicial" pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio de Santa Maria. Por todo o planeta terra, há "Feiras" para expor o que se produz "pequenas e simples como as mais sofisticadas". Entende-se como "Elo de Confraternização e Amizade" com sustentabilidade e legalizada por todos os Órgãos Competentes. Entendo que o nome "Gaúcha" é aberta a todos os municípios do RS, demais estados e países "Uma confraternização à nível internacional, mundial" como a "Feira do Livro" sem nenhuma ofensa, até porque é uma forma de agregar e expandir o mundo geográfico e cultural de todo o lugar habitável. Dá para entender a covardia, a insegurança e pequenez desse ínfimo e espúrio grupo. É criminoso e nada legal. Fere não só o "modus vivendi" de toda a nossa Nação como também a Constituição Brasileira. (desculpem-me, mas essa gente tem que chafurdar dentro dos seus próprios erros de pódios de galinheiros)