ECONOMIA. Carlos Costabeber e o jeito de sair mais forte do momento ruim por que o País está passando
“…Hoje convivemos com mais um período de dificuldades, depois de tantos erros na condução da economia. E aí entra a diferença, entre as pessoas e empresas que sobreviveram no passado: a gente não se abala por qualquer coisa, pois sabe como encontrar alternativas, e de que as crises têm uma data para acabar. Por isso, a importância do aprendizado! De alguma forma, todos estamos sendo afetados, mas de nada valerá esse sacrifício todo, se não aprendermos as lições que o momento nos proporciona.
Assim, me coloco no lugar da população brasileira, que recebe diariamente uma brutal carga de notícias alarmantes. Claro que essa pressão tem um efeito imediato no comportamento dessas pessoas, levando-as ao medo com relação ao futuro. E não é…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo ““Quando estava ruim, sobrava””, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
Com esta conversa de "mercado consumidor avantajado", governo incentivou a instalação de montadoras no país. É uma abobrinha, se fosse só tamanho de mercado a India e a China não tinham problemas. Questão é que a população não tem renda, depende de crédito. Fácil, emite-se títulos da dívida e joga-se nos bancos públicos para financiar consumo.
Cadeia do automóvel representa perto de 2% do PIB. Só que impacta nas outras atividades. Resumo: tem uma armadilha aí.
Situação aperta. Reduz IPI, diminui contribuição sobre a folha, crédito fácil. Ou seja, subsídios.
Passa a eleição, situação aperta. Férias coletivas nas montadoras, layoff's (suspensão do contrato do trabalho com grana do Fundo de Amparo ao Trabalhador; ou seja PIS/PASEP). Ou seja, desemprego era para ser bem maior. "Ah! Você é contra o trabalhador!". Óbvio que não. A benesse não é para todos, em outros setores ocorrem demissões sem muita conversa.
Agora falam em redução da jornada de trabalho de 30% nas montadoras, com redução de 15% no salário. Diferença sai de onde? Do FAT. É praticamente uma estabilidade no emprego com FGTS (que foi criado quando acabaram com a dita). E as multinacionais dos automóveis pararam de mandar lucros para as matrizes? Não, de janeiro a abril foram quase 90 milhões de dólares.
E a culpa de quem é? Da mídia golpista, óbvio.
A crise tão propalada pela mídia transformou grande parte das pessoas em midiotas.
É preciso aplaudir a postura de pessoas como o articulista.