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EDUCAÇÃO. Sem negociação, greve docente federal paralisa 23 universidades. Técnicos parados em 58

Dirigentes sindicais inconformados com a inexistência de negociações com o governo
Dirigentes sindicais inconformados com a inexistência de negociações com o governo

Aparentemente, não há qualquer perspectiva de negociação. Os dirigentes sindicais docentes tentam, mas o governo está numa de “nem te ligo”. Ainda que ninguém diga, parece óbvio que o Ministério da Educação (e a área econômica) não percebe a greve como elemento importante no contexto atual.

Talvez se mire em instituições como a UFSM, onde há clara contrariedade da maioria dos professores em relação a um movimento paredista. Sem mobilização capaz de mudar o quadro, ao que tudo indica.

De todo modo, nesta quinta-feira, o Andes, sindicato nacional dos docentes e também a Fasubra (que representa os técnicos) concederam entrevista coletiva em Brasília. E um bom apanhado do que foi dito, além de outras informações (como números da greve dos técnico-administrativos, bem maior que a dos docentes, em instituições paralisadas), você tem no material originalmente publicado pelo G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A reportagem é de Luciana Amaral. A seguir:

Greve de professores afeta 23 universidades federais, diz sindicato

A greve de professores de ensino superior iniciada no dia 28 de maio já afeta 23 universidades federais de 17 estados e o Instituto Federal do Piauí até a manhã desta quinta-feira (11), segundo dados do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN)…

Além dos professores, sindicatos locais que representam os técnicos-administrativos aderiram à greve em 58 de 63 universidades e em três institutos federais, de acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas (Fasubra).

Professores e técnicos são contra cortes feitos pelo governo federal no orçamento das instituições e a infraestrutura ruim dos locais de ensino. Eles pedem ainda reajuste salarial, reestruturação da carreira, garantia da autonomia e do caráter público das universidades e mais investimentos para a educação.

Os sindicatos afirmaram nesta quinta que o Ministério da Educação (MEC) ainda não apresentou uma proposta para acabar com a greve.

As entidades disseram que foram protocolados 13 ofícios para o governo federal a fim de tratar das demandas somente neste ano, porém, não obtiveram respostas.

O presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, afirma que um acordo feito em 2012 não foi cumprido. “Eles alegam que não têm compromisso com o acordo porque ele era do governo anterior. Caracterizamos que o governo rompeu as negociações. Diversas reuniões também foram canceladas, pois os responsáveis do MEC não apareceram. Só nos três primeiros meses do ano houve um corte de R$ 7,5 bilhões nas universidades. Aconteceu a suspensão do pagamento de terceirizados, de bolsas. Isso comprometeu a qualidade acadêmica…”

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2 Comentários

  1. O sindicato de docentes daqui anda muito ocupado fazendo assessoria de imprensa pro Magnífico, conforme consta no site deles. E olha que entrou uma penca de sem-concurso pra fazer a comunicação do gabinete.

  2. Governo agradece. Diminui despesa com energia, água, etc. Ninguém tem o ponto cortado. Depois "recuperam" os conteúdos num tempo menor. Os alunos têm que estudar menos, mas ganham o diploma do mesmo jeito. No final todos ficam felizes.

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