KISS. Familiares das vítimas repudiam palavras de Corregedor do Tribunal Militar e encaminham ofício
O fato, pelo menos até aqui, não mereceu repercussão midiática, embora tenha sido considerado grave pelos representantes de familiares de vítimas da tragédia da Kiss, durante o julgamento realizado semana passada, pela Justiça Militar do Estado.
Trata-se de uma conversa que o presidente da Associação dos Familiares, Sérgio da Silva, relata ter ouvido, com palavras (“em tom debochado e desrespeitoso”) do Juiz Corregedor do Tribunal, Coronel Roberto Mendes Rodrigues. Mas o que disse o militar? E o que resolveu fazer, diante disso, a AVTSM?
O fato foi relatado, em ofício, ao Conselho Nacional de Justiça e, também, ao comando da Brigada Militar do Estado, com consequências ainda não sabidas. Mas, e o teor da conversa, considerada grave? Isso você tem ao ler a íntegra do ofício assinado por Sérgio da Silva. A seguir:
Santa Maria, RS, 03 de junho de 2015.
Nossa Associação tem inúmeros objetivos, entre os quais a defesa dos interesses mútuos de nossos associados. O intuito principal é o de melhor entender e de certa forma exigir das instituições públicas a seriedade e abrangência que o caso requer. Nossa indignação está focada na divergência de pareceres que surgem neste processo referente à indicação de culpabilidade de pessoas citadas pelo inquérito policial civil e a massiva redução do número de indiciados pelo Ministério Público.
Vimos por meio deste relatar fato relacionando o Sr. Cel Roberto Mendes Rodrigues – Juiz Corregedor desse Tribunal – que está acompanhando o julgamento dos Bombeiros Militares nesta comarca sobre o processo da Boate Kiss.
A situação constrangedora promovida pelo referido oficial ocorreu na data de 02 de junho de 2015 por volta de 12:40 h onde o mesmo ao retirar-se do Fórum Militar acompanhado do Sr. Juiz André Mourão da Justiça Militar de Minas Gerais, momento em que o oficial em tom de deboche e desrespeito em frente ao banner com as fotos das 242 vitimas fatais proferiu o seguinte comentário: “senhores já falei com a Juíza e com os Coronéis e vai ficar tudo certo, todo mundo vai ser liberado e vai ficar todo mundo feliz”. Neste momento disse-lhe: “se fosse um filho do senhor que estivasse ali naquelas fotos o senhor não diria isso e que o senhor deveria estar preocupados em corrigir os erros cometidos pelos seus subordinados”, onde o mesmo desconcertado pediu desculpas.
Não podemos admitir a postura desse Oficial que além de não se comportar como um representante dessa Instituição falte com respeito a esse caso que ceifou a vida de vários jovem e deixou mais de 600 feridos. Parece-nos que…”
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Prefeitura, Câmara de Vereadores, Promotoria, Justiça Militar…Em relação ao caso Kiss, agem como integrantes de uma grande confraria. Ao menos é o que tem parecido.
É… a cidade segue refém dos que exercem os Podres Poderes.