Só na terceira tentativa, e ainda assim usando, segundo todos os indícios, os bons ofícios de Eliseu Padilha, ministro da Aviação Civil, o governador José Ivo Sartori conseguiu papear com o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, já na noite desta quarta-feira, em Brasília. Antes, levou dois BOLOS, com as mais diversas explicações. E tudo para dizer o que já se esperava. Isto é, o Governo não tem como deixar de sancionar o Estado, no caso de descumprimento do contrato (assinado em 1998, pelo ex-governador Antonio Britto) para o pagamento da dívida gaúcha com a União.
Conversa séria a respeito, mesmo, foi só na parte da manhã, com o secretário do Tesouro Nacional, que falou como representante do ministro. À saída, aliás, Sartori tentou dizer que o não pagamento da parcela de julho (e que tende a se repetir nos próximos meses), que levou ao bloqueio das contas do Estado, não foi calote. Bem… Bem.. Confira o material a respeito, publicado originalmente pelo G1, o portal de notícias das Organizações Globo. A reportagem é de Alexandro Martello, com foto deLuiz Chaves, do Palácio Piratini. A seguir:
“Governador do RS diz que não houve calote e espera compreensão…
… O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, negou nesta quarta-feira (12) que o estado tenha dado “calote” no governo federal, apesar de ter confirmado que não foi realizado o pagamento de sua dívida com a União – o que gerou bloqueio de repasses do Tesouro Nacional ao estado – e acrescentou que espera “solidariedade” e “compreensão”. As declarações foram dadas após reunião com o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, em Brasília.
Ninguém passou calote nenhum. Apenas não cumprimos uma parte. Vamos trabalhar tecnicamente como em qualquer lugar”, disse Sartori. Ele afirmou também que o governo do Rio Grande do Sul fez uma opção neste mês de pagar os servidores e que não quer “confronto” ou “estabelecer uma ação política” com essa decisão. “Tendo condições, resolvemos pagar todos servidores em todas situações. Foi isso que nós fizemos”, declarou.
Segundo Sartori, a obrigação do governo do estado é conversar e buscar maneiras de equacionar o problema. “Eu posso dizer com toda clareza do mundo que nos esperamos compreensão e também uma solidariedade ativa em relação às finanças do Rio Grande do Sul, que é o que nos precisamos. Mas isso nós vamos conversando, como estamos conversando há mais tempo e continuando evidentemente esse diálogo de forma permanente”, afirmou.
O governador afirmou ainda que a situação financeira pela qual passa o estado “não é momentânea”. “Ela vai se prolongar em outras ocasiões. Mas vocês são todos testemunhas que vínhamos atrasando a dívida em tantas e repetidas ocasiões. Era para nós termos condições de parcelar os salários já em maio, mas em função das medidas judiciais tivemos de criar outras condições, outras maneiras sob pena de não cumprirmos as medidas judiciais. Fui ao STF [Supremo Tribunal Federal], vou continuar indo lá, conversando, dialogando, para entenderem a nossa realidade e a nossa situação”, acrescentou…”
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Maio 19 de 2015. Trabalhadores rurais invadiram o ministério da fazenda. Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar. Quebraram portas e vidros.
Ministro atendeu.
Imagine não receber o governador de outro estado, Alagoas por exemplo. Filho do Renan. Estado do Collor.
Em algum lugar do universo, Leonel de Moura Brizola ri.