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EXCLUSIVO. Expofeira 2015 de Santa Maria será menor e ocorrerá pela última vez no campus da UFSM

Contrato para cedência do espaço está vencido. UFSM pediu R$ 80 mil para locar neste ano
Contrato para cedência do espaço está vencido. UFSM pediu R$ 80 mil para locar neste ano

Por MARCOS FONSECA (com fotos de Divulgação)

A Expofeira de Santa Maria vive um impasse. O evento deverá ser menor em 2015, em relação a edições anteriores. Além disso, será realizado pela última vez na história dentro do Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Um dos motivos para a diminuição da feira, que em 2014 reuniu 220 expositores, é a crise que atinge a economia do país. A busca por patrocínios está mais difícil. Os recursos disponíveis são escassos para investir na infraestrutura do evento, considerado a principal vitrine da atividade agropecuária da região central do Estado. O presidente da Associação Rural de Santa Maria, Rodrigo Ribas, ressalta que a feira não tem fins lucrativos. “A lucratividade de cada feira é investida na feira seguinte”, diz.

Só que o problema, este ano, não é apenas a falta de dinheiro. A reitoria da UFSM já reivindicou o Centro de Eventos, porque necessita da área para a expansão das atividades acadêmicas. O local onde a Expofeira é realizada há mais de quatro décadas pertence à universidade. O contrato de uso do espaço público está vencido há três anos e não foi renovado. A reitoria e a Associação Rural negociam a cedência do local, mas apenas a edição deste ano está garantida no campus da universidade.

A partir do ano que vem, o Centro de Eventos precisará estar liberado para a UFSM, que manifestou interesse na área para ampliação do parque tecnológico, denominado de Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec). Outro ponto de impasse é que a Federal está cobrando R$ 80 mil para aluguel do espaço. Segundo Ribas, a Associação e o Sindicato Rural consideram o valor elevado e tentarão baixar para R$ 60 mil. O presidente da Associação Rural conta que, de 2013 para cá, a UFSM dobrou o aluguel – foram R$ 25 mil naquele ano e R$ 40 mil, em 2014.

Além do preço, considerado caro demais, a Expofeira só contará com 50% do espaço do Centro de Eventos, já que o restante da área está em uso pela Agittec. Dessa forma, Ribas adianta que a saída será fazer a feira com, no máximo, três dias de duração. Em anos anteriores, durava de quatro a cinco dias. A 48ª edição está marcada, em princípio, para quatro dias (1º a 4 de outubro). “Vamos investir mais nos remates, e reduzir as atrações e a feira de produtos”, revela.

Rodrigo Ribas diz que a UFSM é soberana para tomar a decisão de desativar a estrutura para feiras de negócios montada dentro do seu Centro de Eventos, mas lamenta o desinteresse da universidade na continuidade da atração em seu parque. “Toda a estrutura existente foi montada pela UFSM, a Associação e o Sindicato Rural e a prefeitura”, afirma. “Parece um espaço que nasceu para uma feira agropecuária”, completa.

O presidente do Fórum de Entidades Empresariais de Santa Maria, Evandro Zamberlan, afirma que o futuro da Expofeira é motivo de muita apreensão. “O espaço este ano será reduzido. E o futuro é incerto”, diz.

Zamberlan conta que toda uma estrutura foi montada no Centro de Eventos para sediar as feiras agropecuárias, como baias e mangueiras. Se a Expofeira sair da UFSM, seria necessário construir uma nova estrutura para promover a feira comercial e receber os animais.

O presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Luiz Fernando Pacheco, também lamenta o impasse. Ele destaca que está difícil conseguir patrocinadores para eventos em geral, principalmente entre órgãos públicos. Se a Expofeira tiver de mudar de local, a situação ficará ainda mais complexa, já que não haveria uma área adequada, hoje, para sediar um evento desse porte no município. Já está em análise da aquisição de uma sede própria para as futuras Expofeiras.

Pavilhão onde ocorre a feira de produtos está ocupado hoje pela agência de tecnologia da UFSM
Pavilhão onde ocorre a feira de produtos está ocupado hoje pela agência de tecnologia da UFSM

Conforme Pacheco, a Expofeira precisa contar com o apoio dos setores que podem ajudar na sua realização: “O momento econômico é difícil, e mais do que nunca a gente precisa ter unidade”.

A 47ª Expofeira, em 2014, comercializou R$ 7,3 milhões em leilões e venda de produtos. A feira reuniu 220 expositores, 20% a mais do que na edição de 2013. O público foi de 35 mil pessoas. Havia previsão de superar esses números na edição de 2015.

Reitor afirma que UFSM precisa usar espaço do Centro de Eventos

O reitor da UFSM, Paulo Burmann, diz que o Centro de Eventos foi cedido por comodato à Associação Rural de Santa Maria por um prazo de 20 anos. O contrato se encerrou em 2012. Na época, a UFSM levou o assunto ao conhecimento da direção da Associação, mas a entidade não se manifestou a respeito.

Burmann garante que o evento deste ano dentro da UFSM está assegurado. Mas, a partir de 2016, a cedência do Centro de Eventos não pode ser garantida, já que está nos planos da Federal a ampliação da sua agência de tecnologia. “O espaço (do Centro de Eventos) está ficando pequeno”, justifica.

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4 Comentários

  1. Cuba vai aderir ao capitalismo antes do Brasil.
    Estado tem que ter tamanho certo. Do jeito que está é muito cacique e pouco índio, um monte de aspones e no topo da pirâmide um monte de políticos que "nasceram sabendo".
    Quero ver um argumento racional para 6 mil funcionários no Senado e 19 mil na Câmara dos Deputados. Cargos que exigem ensino fundamental com salários superiores a cargos que exigem ensino superior noutras querências. "Democracia é cara"? Tá de sacanagem.
    "Liberais" não é bem o nome. Desenvolvimentistas reativaram o "Estado indutor do crescimento e da atividade econômica" e os empresários gostaram. Por que será?

  2. 'patrocínio por parte de "órgãos públicos"'?
    Como assim? Não vivem reclamando que o Estado é "grande demais e deve investir só em educação e saúde"!?

  3. Nossos liberais são um poço de contradições. Querem um Estado mínimo, mas se queixam da falta de patrocínio por parte de "órgãos públicos" e da impossibilidade de usar o espaço de uma universidade federal, ou seja, do Estado para realizar um evento privado.
    Em suma, nossos "liberais aristocráticos" querem um Estado mínimo para a base da pirâmide social, mas um Estado provedor para o topo da pirâmide.

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