POLÍTICA. Bruno Seligman de Menezes e as, vá lá, artimanhas de Eduardo Cunha, denunciado ao STF
“A figura emblemática de Eduardo Cunha parece estar com os dias contados após a denúncia do Ministério Público Federal. Entretanto, o seu legado de estragos, desmandos e negociatas produzirá seus nefastos efeitos sobre toda a sociedade brasileira.
Capitaneando uma tropa de deputados insignificantes, associado a alguns deputados oposicionistas irresponsáveis que permitem as tresloucadas ações de Cunha para atingirem o governo, temas extremamente relevantes à nossa democracia vêm sendo decididos na Câmara dos Deputados conforme a agenda de seu presidente. Assim ocorreu com uma reforma política à la carte, para manter o financiamento de campanhas por empresas privadas, como também ocorreu com a redução da maioridade penal…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “O Golpe final (?) de Cunha”, de Bruno Seligman de Menezes. Ele é Advogado Criminalista e Professor Universitário de Direito Penal, Processo Penal e Criminologia (FADISMA e AMF). O texto foi postado há instantes, na seção “Artigos”!
Não é questão de defender Cunha, cada um pensa como quer (e pode). Liberdade de expressão é para isto. Porém existe uma coisa que é de se esperar de determinadas pessoas: coerência.
Não li a peça de acusação do deputado, não vi prova de qualquer "negociata" (negócio suspeito, em que há trapaça e muito ganho ilícito via Aulete digital). Presunção de inocência é para todos. Julgamento pela mídia não deveria ocorrer.
Deputados "insignificantes" também não existem, todos foram eleitos. Voto deles tem o mesmo peso dos outros. E a "significância", se fosse figura de mérito, seria medida como? Pelo espaço na mídia?
Há quem defenda o financiamento de campanhas por empresas privadas. Redução da maioridade penal idem. É legítimo, faz parte da democracia. Tolerância (Aulete novamente) é a "boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas".
Organismos nacionais e internacionais, burocratas desconhecidos, "especialistas", etc. Argumento ad verecundiam (dentro de um ad hominem, em algum lugar do universo Aristóteles racha o bico dando risada). Pior, existe uma idéia subjacente que certos assuntos não podem, sob hipótese nenhuma, ser debatidos no Congresso. Seriam "moralmente" reprováveis. E falam em "democracia". Que tal uma consulta popular sobre a maioridade penal? Perguntar a quem paga os impostos? Só para assistir, como ocorreu no caso do desarmamento, o resultado ser ignorado.
Cruzadas contra corrupção ocorreram muitas. Sem sucesso. Lacerda, Jânio, época da construção de Brasília. A diferença é que o MP se fortaleceu depois de 88. Polícia Federal idem.
Silas Malafaia disse que nunca apoiou Cunha anteontem. Ontem, parte da Força Sindical fez um "desagravo" para o deputado.
Collor é uma das pessoas mais ricas de Alagoas, possui a repetidora da Globo no estado. A denúncia contra ele está sob sigilo porque "é baseada em delações ainda não certificadas". Não é teoria da conspiração (devem ser desacreditadas). Muitas coincidências levam a dúvida.
Renam está lá, Collor voltou e Maluf nunca saiu (inclusive é procurado por "organismos internacionais"). E Cunha? Tem 56 anos e muito tempo pela frente.