Pelo menos duas atividades já chamam a atenção, nesta segunda-feira, por conta do protesto dos servidores estaduais, descontentes com o Governo do Estado, por conta do parcelamento dos salários de julho, anunciado e já praticado na sexta-feira.
Um é o das forças de segurança, especialmente dos policiais civis. Desde os delegados, que decidiram não fazer qualquer operação até a “integralização do pagamento”, até os agentes, que protagonizaram um protesto sui generis agora há pouco: usaram as algemas de trabalho em si mesmos, como você pode verificar na imagem.
Já na educação está o outro setor de grande visibilidade: professores, que paralisam suas atividades, se concentram na 8ª Coordenadoria Regional de Educação, o braço do governo na cidade, para a área.
Além disso, os servidores programam uma grande plenária em Santa Maria na quarta-feira, com o objetivo de mobilizar as várias categorias, preparando evento do dia 18, na capital, em que pode ser definida uma greve geral do funcionalismo. Para o encontro de depois de amanhã aguarda-se a presença de lideranças e trabalhadores de vários municípios do centro do Estado.
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S O C O R R O
Independente de posições políticas partidárias, concordo plenamente com a demonstração de indignação do funcionalismo público quanto ao parcelamento de salários, mas, não concordo com paralisações e ou diminuição de serviços prestados à população, pois, no final, mesmo não prestando o serviço à população todos acabarão recebendo integralmente por aquilo que deixaram de fazer, tornando-se imoral por receber por serviços não prestados.
Caberia aqui um esclarecimento de vital importância que esse colunista deveria prestar à população e aos seus leitores como fiel repórter da verdade nua e crua: Qual o salário base do magistério e qual a porcentagem de funcionalismo dessa categoria que não recebeu integralmente seu salário no final do mês. Qual a porcentagem do funcionalismo da segurança pública prejudicada por esse parcelamento?
A grande maioria da população trabalhadora do setor privado recebe mensalmente um valor menor daquele pago ao funcionalismo no final do mês e mesmo tendo um atendimento precário de suas reivindicações de saúde, segurança e educação não pode e não merece ter esse mínimo de atendimento negado por muitos daqueles que mesmo com parcelamento receberam em dia, pois, recebem em torno de dois salários mínimos e meio.
Cabe também a esse repórter, a bem da informação verdadeira, esclarecer à população qual a porcentagem dos que receberão até a terceira parcela e desses qual a porcentagem de aposentados e pensionistas.
Sabe-se que um trabalhador da iniciativa privada trabalha até os 65 anos para se aposentar e sabe-se, só para esclarecimento, que 2/3 do efetivo de coronéis da Brigada Militar se aposentou entre os 40 e 50 anos de idade, esses, paralisando não faz a mínima diferença.
Cordiais saudações.