Criatividade. Sem isso, ninguém conseguirá tornar vitoriosa a empreitada eleitoral de 2008
As restrições legais tendem a não se modificar, no próximo ano, em relação ao pleito geral de 2006 – quando o País elegeu o Presidente, governadores, um terço do Senado, deputados federais e estaduais. Com o que, pretendentes à prefeitura e à vereança, não poderão, por exemplo, fazer as outroras tradicionais camisetas. Ou os sempre visíveis bonés. Entre outros brindes, definitivamente banidos pela legislação.
Como farão campanha, por exemplo, os candidatos à Câmara? Se a votação fosse em listas, proposta derrubada semana passada no Congresso, seria uma tarefa exclusivamente partidária. Agora, porém, será, em princípio, cada um por si. E as dificuldades vão se impor, especialmente (mas não apenas) para os que terão menos troco disponível para bancar a própria empreitada.
A criatividade, sempre ela, será fundamental para que, num mar de candidatos, quiser se diferenciar, aparecer e, claro, receber o voto dos cidadãos da boca do monte. Atenção: que ninguém ache que colocar faixa em estádio de futebol é um desses lances criativos. A justiça paranaense (confira a sugestão de leitura, no final deste texto) deu um pára-te-quieto num vereador curitibano, que terá que pagar multa pesada por se utilizar dessa artimanha.
Aliás, além de ser criativo, dado o olho pra lá de grande da Justiça (e dos adversários), será importante também não esquecer da lei. E segui-la expressamente. É. Será difícil, cá entre nós. Mas o risco de dançar, perder a candidatura ou até mesmo a diplomação (se eleito) será muito maior que em outros pleitos. Ainda bem, para o cidadão.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira a notícia Fome de voto – candidato não pode fazer propaganda em estádio de futebol, publicada pela revista Consultor Jurídico.
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