Numa licença do editor, aparentemente os servidores técnico-administrativos e docentes da UFSM estão pegando uma carona no descontentamento dos trabalhadores do Estado, com o salário parcelado. E, assim, há boa chance de sua mobilização de rua, marcada para esta quinta-feira, ganhar a visibilidade que a greve dos técnicos, por exemplo, não consegue ter, embora já esteja fechando 100 dias, sem que a Universidade deixe de funcionar. Aliás, técnicos que ocuparam o prédio da Reitoria e dela terão que sair, por ORDEM da Justiça, na noite desta quarta.
Dito isto, o ato que tem o apoio de um punhado de entidades também terá como alvo o governador Sartori, além de Dilma. Detalhes? Confira no material produzido pela assessoria de imprensa da Seção Sindical dos Docentes. O texto, com informações também do Andes e da Assufsm, é de Fritz R. Nunes. A foto é de Divulgação/Assufsm. A seguir:
“Ato contra ajuste fiscal acontece nesta quinta, em S. Maria…
… Sindicatos vinculados à UFSM, como a Sedufsm e a Assufsm, coletivos estudantis da universidade, funcionários do Instituto Federal Farroupilha, sindicatos de servidores estaduais, centrais sindicais como a CSP-Conlutas e a Intersindical, e movimentos sociais, promovem nesta quinta, 3 de setembro, um ato público em Santa Maria, contra o ajuste fiscal dos governos federal (Dilma) e estadual (José Sartori).
A manifestação, que está prevista para iniciar a partir das 13h30, na praça Saldanha Marinho, também tem por objetivo fazer a defesa de um serviço público de qualidade, que tem sido afetado pelas políticas de desmonte dos governos em todos os níveis. Os participantes usarão carro de som para chamar a atenção da população e também distribuirão panfletos explicativos à comunidade santa-mariense. Foi criado um evento no facebook para confirmações de presenças na atividade. Para acessar o link do evento, clique aqui.
A quinta-feira será de manifestações não apenas em Santa Maria. Em todo o país, docentes federais realizarão ações unificadas e contundentes nas Instituições Federais de Ensino (IFE), para dar visibilidade à greve e pressionar o governo federal negociar a pauta da categoria. As atividades visam também forçar os reitores a responderem as pautas locais da categoria, e também revelarem o impacto, nas contas das IFE, dos cortes na Educação Federal. O Comando Nacional de Greve
também realizará manifestação em frente ao MEC, durante a reunião que está marcada para esta quinta-feira…”
PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.
A reintegração judicial é uma medida para resguardar a posse e o direito de ir e vir, não apenas aos servidores que querem trabalhar (até porque não estão com salários atrasados), os alunos de serem assistidos, os aposentados e demais pessoas da comunidade.
O foco do ato de trancamento do prédio está totalmente errado.
Quem não concorda com a greve tem o direito de continuar trabalhando.
Ou o foco tem a pauta de prejudicar a UFSM e seus estudantes, inclusive fechando o RU e a Biblioteca?
Caro Claudemir
Manifesto-me em apoio aos colegas em "paralização" na UFSM (apesar da condição de não-adepto). Creio que as reivindicações da categoria são plenas de razão… Algo com que não posso e não vou concordar é sobre a forma com que a Administração(Reitoria) se comporta relativamente ao fato. Com a Ocupação do Hall da reitoria, pretende-se tão-sòmente a visibilidade do movimento (pacífico, como sempre). Ocorre que a Administração aparentemente entende tal ato como sendo de enfrentamento local… Não é! Trata-se de um ato de visibilidade que se pretende o mais abrangente possível. O que se tem como reação administrativa é uma ação de DESOCUPAÇÃO JUDICIAL, o que, convenhamos, não é ato de acordo com a vontade popular, uma vez que inibe a iniciativa da categoria insatisfeita. No histórico da UFSM, jamais houve uma reação administrativa tão dura e desumana… Qual o motivo de os Técnico-Administrativos da Instituição serem alijados de seu espaço maior de manifestação? Estamos entrando em período de exceção, ou estamos sendo menosprezados? Não sei a resposta, mas nenhuma delas me agrada.