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VERGONHA. Diba foi para Caxias, de onde irá para o Senegal. Antes, deu entrevista EXCLUSIVA a A Razão

Imagens da Guarda Municipal auxiliam Polícia na tentativa de identificar suspeitos de ataque a Diba, que viajou para Caxias do Sul, de onde deverá retornar ao Senegal, de onde pretende voltar
Imagens da Guarda Municipal auxiliam Polícia na tentativa de identificar suspeitos de ataque a Diba, que viajou para Caxias. De lá irá ao Senegal, de onde pretende voltar

O jornal A Razão conseguiu conversar com Cheick Oumar Foutyou Diba, o senegalês que foi agredido no início da manhã de sábado, em fato sob INVESTIGAÇÃO da polícia. O depoimento é imediatamente anterior à viagem iniciada há pouco para Caxias do Sul.

Mas, o que disse Diba? Além de falar sobre o episódio, contou o que fará a partir de agora, como você pode conferir no material disponível na versão online do jornal – que traz também as últimas informações sobre a investigação policial acerca do caso. A reportagem é de Fabrício Minussi, com foto de Gabriel Haesbaert. Confira:

 “EXCLUSIVO: reportagem entrevista o imigrante senegalês

Diba foi agredido no sábado. Fato está sendo investigado pela Polícia Civil (foto Reprodução)
Diba foi agredido no sábado. Fato está sendo investigado pela Polícia Civil (foto Reprodução)

O senegalês Cheikh Oumar Foutyou Diba, 25 anos, viajou ontem para Caxias do Sul, onde será acolhido pela Associação dos Imigrantes Senegalenses da cidade da Serra Gaúcha. O convite foi feito na segunda-feira, em Santa Maria, pelo presidente da entidade, Abdou Lahat Noiaye, o Bili. Ele visitou o imigrante que foi roubado e teve parte do corpo queimado pelos agressores, durante ataque ocorrido entre a final da madrugada e início da manhã do último sábado, na Avenida Rio Branco.

Após o repouso, que será custeado pela associação, Chiekh Diba retornará para o Senegal. Ainda na segunda-feira o imigrante, conseguiu conversar com a mãe, por telefone. O contato foi intermediado pelos serviços de acolhimento realizados por acadêmicos e professores do Centro Universitário Franciscano (Unifra) que atuam no Núcleo de Prática Jurídica.

“Ele se emocionou e ficou evidente a vontade dele de retornar ao Senegal”, disse o coordenador do núcleo da Unifra, Paulo Ferrony.

Cheikh Diba chegou à América do Sul em 2012 pela Argentina, com um grupo de imigrantes que depois entrou no Brasil e se estabeleceu em Caxias do Sul. “Ele disse que ajuda a sustentar a mãe. Manda dinheiro sempre que pode para auxilia no sustento. Ele ficou bastante preocupado com o estado dela”, disse Ferrony.

A decisão de deixar o Brasil foi confirmada pelo próprio Cheikh Diba à reportagem de A Razão, em entrevista concedida por telefone no início da noite desta terça-feira. Mas ele garante que retornará ao Rio Grande do Sul. Isso, porque os proprietários de uma pousada da região estão finalizando a construção de um restaurante e decidiram contratar o imigrante que tem experiência em hotelaria, além de falar vários idiomas, como português, francês, espanhol e alemão. Será um emprego com carteira assinada, como sempre sonhou ao vir para o Brasil.

ENTREVISTA: CHEIKH DIBA

A Razão: como foi a agressão?

Cheikh: Perdi a hora do albergue e fiz uma cama na calçada. Estava dormindo quando aconteceu. Não esperava passar por isso no Brasil, Mesmo assim, fiz muitas amizades verdadeiras em Santa Maria.

A Razão: como você lidou com a repercussão?

Cheikh: O que aconteceu comigo é uma história. A gente aprende mais sobre a vida. Fiquei preocupado com a forma com que a notícia chegou para a minha mãe. Ele ficou muito abalada.

A Razão: qual a impressão que você tem sobre o Brasil?

Cheikh: não coloco todo mundo na mesma balança. Tenho amigos de verdade e agora um emprego. Vou voltar depois que rever minha mãe. O que aconteceu comigo não tem nada a ver com o Brasil. Tenho mais amigos aqui do que no Senegal.

Suspeito não foi reconhecido

A Polícia Civil já está de posse das imagens fornecidas pela Guarda Municipal da madrugada de sábado captadas por câmeras de videomonitoramento instaladas nas imediações da Gare da Viação Férrea. O material está sendo analisado na tentativa de identificar os suspeitos de teriam ateado fogo no senegalês Ontem à tarde um suspeito foi levado à delegacia, mas a vítima o reconheceu como participante da agressão e do roubo. Um outro indivíduo também está sendo identificado pela Polícia. As informações surgiram após denúncia.

O fato teria ocorrido entre a madrugada e início da manhã do último sábado, próximo ao albergue municipal. O imigrante, que segundo a Polícia Federal encontra-se em situação regular no País, ainda foi roubado pelos agressores, que seriam em número de três. Os bandidos levaram R$ 500,00 em dinheiro, uma caixa de bijuterias e os tênis da vítima. O senegalês havia perdido a hora do pernoite no Albergue Municipal, e dormiu em um colchão num terreno na Gare da Viação Férrea…”

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