IMPRESSA. Na coluna desta sexta, seis meses pra lá de excitantes pela frente. E os “diálogos” dos petistas
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta sexta-feira, 2 de outubro, no jornal A Razão:
Outros seis meses de grande excitação
Por precaução, partidos tratam de filiar o mais que podem até hoje. Aguarda-se, inclusive, o anúncio de alguns graúdos em partidos relevantes ou nem tanto, de possíveis candidatos a vereador ou até cargo majoritário para 2016. Mas, sabe-se agora, com as informações mais precisas, que nem será (ou seria) preciso correr tanto.
Da minirreforma eleitoral, Dilma Rousseff só vetou dois dispositivos. Um é o financiamento de campanha por empresas privadas, aliás já derrubado também pelo próprio Supremo Tribunal Federal. Outro é a obrigatoriedade de impressão do voto eletrônico. Que, além de inócuo, ainda acrescentaria, nesses tempos de vacas magras, despesas próximas a R$ 2 bilhões, segundo estimativa do Tribunal Superior Eleitoral.
Assim é que permanece a janela da traição, em março, afora a redução do tempo de campanha (agora limitada a 45 dias). Objetivamente, o que se tem é mais prazo, meio ano exatamente, para filiar quem quer concorrer. A excitação, ainda que talvez em dose menor, vai até março. E as especulações também.
DÍALOGOS PETISTAS
Dentro do cronograma montado pelos petistas para a elaboração do “Programa de Governo” para a campanha de 2016 em Santa Maria, o diretório do partido programou a primeira etapa do que apelidou “Diálogos pela Cidade”. Será hoje, a partir das 19h, na sede da Associação Comunitária do Bairro Tancredo Neves. Não por acaso, o local em que mora o pré-candidato a prefeito, Valdeci Oliveira. Que, aliás, estará presente.
É SÓ UMA PERGUNTA
A Comissão da Verdade Paulo Lauda, instalada na UFSM, está funcionando? Bueno, se está, as reuniões do grupo que demorou mais de ano para sair do papel e ganhar existência visível, devem ser secretas e o que acontece nelas também.
O TASTAVEIO PEPISTA
Bem mais que o PMDB, o PP sente a virtual saída da cena de José Farret. O partido está tão errático que, outro dia, tentou até cooptar um candidato já posto para aderir ao pepismo. É a suprema confissão de impossibilidade de emplacar o cabeça de chapa. Isso só seria possível, em condições reais de competir, justamente com o atual vice. Sem plano B, portanto.
NÃO CUSTA LEMBRAR
Quem resolver esperar até março (o prazo agora alargado) para se filiar a algum partido e concorrer, incorre num risco fundamental: as chances de vitória serão bem mais escassas. Afinal, os que de fato pretendem ganhar ou pelo menos ostentam essa chance, já estão em campo há um tempão.
Voto impresso facilitaria a auditoria da totalização dos votos. Fraudes podem ocorrer, o sistema não é a prova de falhas. Mesmo a rede de transmissão separada da internet não quer dizer nada.
India usa uma maquina nas eleições diferente da brasileira. Ocorreu uma discussão parecida e implementaram um projeto piloto, uma impressora é conectada ao equipamento e, sempre que alguém vota, ocorre a impressão das escolhas e do número de série do mesmo.
Custo? Não seria necessário implementar tudo de uma vez. Poderia ser feito como a identificação biométrica. Mesmo num número reduzido, a auditoria seria feita por amostragem.
Alguns ganham a toga e acham que a credibilidade vem junto e isto poderia até ser verdade tempos atrás; hoje há quem vista a túnica da magistratura para descrédito da instituição a que pertencem.