MídiaMinistério PúblicoPolítica

ZELOTES. Deputado questiona: por que as grandes empresas investigadas ainda não foram denunciadas?

Grandes grupos e mídia agem contra sociedade conhecer os maiores sonegadores, diz Pimenta
Grandes grupos e mídia agem contra sociedade saber dos maiores sonegadores, diz Pimenta

O Ministério Público prometeu para julho as denúncias contra as grandes empresas brasileiras (e grupos transnacionais). Elas seriam enviadas ao Judiciário, a partir das investigações do próprio MP e da Polícia Federal, no âmbito da Operação Zelotes – que tem entre os investigados pelo menos dois grupos gaúchos, RBS e Gerdau, além de, entre outros, o ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, também da terra de São Pedro.

Bueno, estamos em novembro e até agora, nada. Exceto uma investida contra agentes políticos, deixando de lado os tubarões, inclusive da mídia. De quem é o questionamento e a cobrança, agora? Do deputado federal Paulo Pimenta, que está em comissão da Câmara que faz o acompanhamento dos trabalhos, inclusive na CPI instalada no Senado. Do que reclama especificamente o parlamentar? Confira no material publicado pelo jornal Sul21, com informações da assessoria do deputado. A foto é de Arquivo. A seguir:

Zelotes: deputado Paulo Pimenta cobra denúncias prometidas para julho

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) elencou uma série de perguntas que estão sem respostas sobre a Operação Zelotes. Nesta quinta-feira (5), o parlamentar questionou por que, até agora, as denúncias contra essas grandes empresas, apontadas na investigação do Ministério Público Federal e Polícia Federal, ainda não foram apresentadas ao Poder Judiciário.

“Onde estão as denúncias prometidas pelo Ministério Público para julho? Já estamos em novembro e, até agora, nada”, cobrou o deputado petista. “Não vejo nenhuma voz da oposição se levantando para cobrar que as denúncias contra os corruptores e sonegadores sejam apresentadas”.

O parlamentar lembrou que o ministro do TCU, Augusto Nardes, investigado pelo STF por ter recebido propina na Zelotes, assim como os bancos Bradesco, Santander, Safra e grupos como a Mitsubishi, nunca foram alvos de mandados de busca e apreensões.

Para Pimenta, a Operação Zelotes pode ser comparada ao “caso Banestado”, por envolver grandes forças econômicas do país e pela atuação da mídia, que age para impedir que a sociedade saiba quem são os maiores sonegadores do Brasil. “Por que o sigilo decretado na Zelotes não é questionado pela imprensa do nosso país, como ela mesma exige das outras investigações?”, perguntou. A operação investiga o desvio de R$ 19 bilhões dos cofres públicos por bancos, empresas do setor automotivo e multinacionais.

O deputado condenou o que chamou de “operação midiática montada contra o filho do ex-presidente Lula” e questionou por que, então, os mesmos procedimentos não foram adotados contra os executivos dos principais grupos econômicos investigados na Zelotes. “O que explica eles não terem sido chamados para depor? Aí querem nos convencer que a Zelotes deve ser transformada numa investigação contra o filho do ex-presidente Lula. É evidente a manipulação”, protestou.

A Operação Zelotes foi desencadeada em março de 2015 por uma força-tarefa da Polícia Federal e do Ministério Público Federa e investiga manipulação de resultados no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, que julga litígios tributários entre o Fisco e os contribuintes. Grandes empresas, escritórios de advocacia, empresas de consultoria e conselheiros do Carf são apontadas por sonegação fiscal, corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.”

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Não foram denunciadas por acaso.
    Existiam 3 vagas de ministro no STJ. Uma pessoa do nordeste que tentava havia muito tempo conseguir a vaga desistiu. Surgiu novo candidato. Ocorreu votação na referida corte e o novo candidato ficou em segundo lugar por um voto. Dilma nomeou o ministro Marcelo Navarro que, logo de cara, pegou a relatoria dos habeas corpus da lava a jato. Tudo isto são fatos, como também é fato que ele negou um HC de um dono de empreiteira famoso. Boato é que foi apadrinhado de Renan.
    Zelotes é outro problema. Mais ou menos as coisas correram assim. Juiz inicial foi retirado, pedido não só do MP. Entra uma substituta e a coisa anda, até filho de ex-presidente entra na dança. Onde anda o titular da vara? Cedido como juiz instrutor ao STJ pelo período de 2 anos. Só que o sujeito resolve voltar, mesmo tendo mais um ano para ficar no tribunal. Direito dele. Como era da competência dele arquivar o inquérito que apurava denúncias contra Erenice Guerra.
    Curioso de tudo isto é que alguém cantou a pedra que a Lava a Jato, a Zelotes e a Acrônimo irão se cruzar num futuro próximo. Não existem tantos doleiros que lidam com tanto dinheiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo