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Gatos, malas, presentes e os peixes de gelatina – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

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Estou para pegar a estrada para rever a família. Os tão esperados dias de férias e relaxamento, que no fim tornam-se mais cansativos do que quaisquer outros. Mas, quem não fica empolgado e agitado com toda esta movimentação de pré-viagem?

Pois então, eu sou uma ansiosa por natureza! Até já desenvolvi algumas maneiras de lidar com o meu nervosismo e ansiedade absurda, para isso começo a cantar, limpar, pensar em outras coisas e até dormir. Porém, de alguma maneira vou ter que voltar a minha atenção e concentração nas coisas práticas a se fazer antes de uma viagem, mesmo as de poucos dias…

Me ocorre o bem estar do gatedo. Não são um ou dois, é um bando inteiro! Creiam, os gatos não entrarão em extinção se dependerem de mim! E eles ocupam boa parte das minhas preocupações quando viajo, pois sinto saudade da minha velha amiga que já está ceguinha e é muito resmungona, nunca aceitou a presença de outros da sua raça, acredita que é uma humana. Então, penso, também nas recentes mãezinhas, que recolhidas das agruras do abandono, vou deixar com uma dose de anticoncepcional para não ter novas surpresas quando eu voltar… e os filhotes, estas crianças não possuem limites, andam por tudo, sobem nos móveis e brincam de ‘lutinha’ o dia inteiro enquanto acordados, mas são uns amorzinhos quando reúnem-se todos emboladinhos numa ponta de coberta.

Não tem como esquecer o bando número dois da turma, os gatos que habitam um luxuoso gatil do lado de fora da casa. Construímos uma casinha de paredes de tela e cobertura de ‘Brasilit’, possui um sofá de dois lugares e uma carcaça de roupeiro, para que os felinos possam repousar no fofinho, gostosinho e no alto. Todos eles precisam de cuidados diários e atentos, pois o machos castrados podem ter problemas com pedras nos rins. Então, tenho que deixar bastante ração para o cuidador das férias, e recomendar bastante água fresca para todos.

Vencida a preocupação com as vidinhas que estão sob meus cuidados, então lembro das malas… ah, as malas… arrumar roupas, toalhas, meias, biquínis, maiôs, sungas, camisetas, bermudas, calças, camisas, gravatas, paletós, calçados sociais, tênis, chinelos… nada posso esquecer se não quiser ouvir uma choradeira depois.

Dentro do quesito malas, precisam estar os itens de logística da viagem, como uma caixa térmica com água e lanches. Bolachas, batatinhas fritas, balas e salgadinhos, tudo à mão, pois as crianças são ávidas devoradoras de besteiras dentro de um carro, ainda mais em viagens longas. Há também os apetrechos de utilidade, como os travesseiros e cobertas, barracas e talheres para todos. Muitas vezes acabo levando um guarda-chuva, pois, vai que chove pra descarregar o carro…

São malas para cinco pessoas e só eu de mulher e da minha parte, além dos meus pertences, levo também uma farmácia, uma boutique de perfumaria e apetrechos de cabelo. Os lençóis e as toalhas reservas. Cabem ainda os presentes mais delicados.

E os presentes ocupam a minha mente com muita antemão. Eu não presenteio ninguém em aniversários, Natal, Páscoa ou outra festa corriqueira, mas amo dar presentes e quero os presentes que gritem o nome do presenteado, os certos para cada um. Eu penso muito nas pessoas e tenho uma necessidade especial de agradar a todos. Penso nos seus gostos, na sua personalidade, penso em como posso surpreender sem assustar. Ser pessoal sem invadir a privacidade. E os presentes ocupam boa parte das minhas neuras e malas.

Presentes podem ser de comer, de vestir e de ver. Podem valer muito ou pouco, mas precisam ter significado. Precisam marcar o momento e as lembranças. Um presente bem escolhido vai estar para sempre em nossa memória. O presente precisa ficar quando nós nos formos…

E a ansiedade me devora por uma perna… onde estão minhas ferramentas para aplacar estes sentimentos? Nos peixinhos de gelatina dos joguinhos online! Ah, é como uma anestesia momentânea que dispersa meus pensamentos e acalma a alma. Por alguns minutos e instantes, eu só penso como combinar docinhos coloridos e despertar peixinhos amigos para cumprirem as tarefas por mim. Quando volto a realidade eu penso: por que não há peixinhos de gelatina para cuidarem dos meus gatos, fazerem minhas malas e… não, dos presentes cuido eu!!!

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