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SAÚDE. Hospitais filantrópicos e trabalhadores dizem, na Assembleia, que o atual momento é de insegurança

Representantes dos dirigentes de hospitais e dos trabalhadores estiveram na Assembleia
Representantes dos dirigentes de hospitais e dos trabalhadores estiveram na Assembleia

A redução dos recursos da área da saúde, e o não pagamento de dívidas relativas ainda a outubro e novembro do ano passado, estão provocando muitos temores entre os hospitais filantrópicos (e seus funcionários, por decorrência), que, segundo seus representantes, sõ responsáveis por “72% dos atendimentos no Rio Grande do Sul”.

A situação foi debatida nesta quarta-feira, no parlamento gaúcho. Mais exatamente na Comissão de Saúde, presidida pelo deputado santa-mariense Valdeci Oliveira. É da assessoria do parlamentar o relato a seguir, a propósito do encontro. O texto e a foto são de Patrícia Lemos. Em tempo: há instantes chegou material também da assessoria do deputado Jorge Pozzobom, a propósito do mesmo tema. A posição dele está no link logo no final desta nota. A seguir:

Filantrópicos e trabalhadores preocupados com cortes na saúde

Os atendimentos em hospitais filantrópicos, as condições de trabalho e a garantia dos direitos dos trabalhadores da saúde são preocupação da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT). Nesta quarta (4), na primeira reunião da Comissão, foram convidados a expor a atual situação do setor o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS, Julio Dornelles, e o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Estado (FEESSERS), Milton Kempfer. O convite aos dirigentes foi feito por Valdeci em razão do anúncio feito pelo Executivo gaúcho de cortar 30% dos recursos da área da saúde.

Dornelles ressaltou que os hospitais filantrópicos são responsáveis por 72% dos atendimentos no Rio Grande do Sul. Para manter o sistema em pleno funcionamento seriam necessários, segundo ele, no mínimo, um repasse de mais R$ 40 milhões por mês pelo governo do Estado. “Se isso não for possível, que o governador se comprometa e assuma o que foi definido por ele. Que não atribua aos hospitais a responsabilidade dos  cortes”, advertiu. O presidente também disse que o atual momento é de insegurança. “A população não pode chegar no hospital e ter o risco de encontrar uma emergência fechada ou sem médico”. 

Kempfer relatou a difícil situação dos profissionais da saúde, lembrando que o salário é, em média, de R$ 1 mil no Estado. Ele ainda salientou alguns avanços nos últimos quatro anos, mas afirmou que a categoria está apreensiva. “No ano passado tivemos reajustes acima da inflação e agora os trabalhadores não podem pagar a conta de uma visão política que não prioriza a saúde. Se as dívidas existem, não foram os trabalhadores nem a população que fizeram”.

Valdeci afirmou que a Comissão de Saúde e Meio Ambiente vai tratar permanentemente do tema e vai acompanhar as negociações entre os hospitais e o Executivo. “Esperamos que a curto prazo o Executivo revise a postura de cortes drásticos na saúde. Se não alterar, o Parlamento vai agir e pressionar por soluções. O usuário do SUS é que não pode pagar o pato”, alertou. 

Entre outros gestores e lideranças da área da Saúde, também participou da reunião da Comissão o presidente do Conselho Regional de Enfermagem (COREN-RS), Daniel de Souza.”

PARA LER CONFERIR A POSIÇÃO DE JORGE POZZOBOM, CLIQUE AQUI.

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