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Esqueceram a Contabilidade – por Carlos Costabeber

Recebi uma centena de mensagens, sobre o artigo da semana passada (“Tô Cansado”). Mas gostei muito da síntese feita pelo Júlio Krauspenhar! O Júlio é amigo desde a adolescência, quando fomos vizinhos e colegas no Colégio Santa Maria. Foi muito cedo para São Paulo, e lá deu um salto profissional, graças a sua inteligência e competência na área financeira. Um gênio!

Tomo pois a liberdade de citar o comentário do Júlio, que foi “direto na ferida”, de como chegamos a esse ponto de total desequilíbrio nas contas públicas: “Todos nós empreendedores sentimos a mesma sensação. E não poderia ser diferente! Com Lula ou sem, as regras do pais somente permitem ter períodos de desenvolvimento esporádico (“voo da galinha”). Nossa Constituição se insere num emaranhado de benesses como aposentadorias plenas e muitas outras regalias, e estruturas imensas e ineficientes. Acho que a turma que em 1988 a reformou (a Constituição) não teve aulas de contabilidade, onde se apreende que a cada débito corresponde um crédito; e que o balanço patrimonial de empresas, estados e mesmo da União, deve ter sobretudo um demonstrativo de lucros e perdas com razoável equilíbrio. Como as regras foram erradas, só resta taxar mais o empreendedor, classes com alguma renda e ou patrimônio; e deixar as classes b e c, principalmente por não serem politizadas, a aguentar o desemprego e consequente diluição do seu poder aquisitivo; como forma de também pagar uma conta que nunca foi sua. Que pena que chegamos a esta situação, meu caro amigo de longa data”.

Para encerrar, cito as palavras do sábio Delfim Neto: “A nossa generosa (com alguns) e injusta (com o “resto”) previdência social, é atuarialmente insustentável; as vinculações orçamentárias colocam a administração no piloto automático à espera de acabar o querosene; as indexações têm efeitos destrutivos para o equilíbrio das finanças públicas; a justiça trabalhista trata todo trabalhador como hipossuficiente e todo empresário como meliante; o sistema tributário é confuso, regressivo e produz graves distorções alocativas; a carga tributária é alta e mal distribuída. É dissipada por um setor público muito menos eficiente do que o privado. Logo, redutora do crescimento. Estes são alguns dos problemas que estão a exigir uma ação enérgica do Executivo e do Legislativo para devolver ao Brasil as condições para um desenvolvimento social e econômico mais vigoroso e mais equânime”.

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