CÂMARA. Como se previa, vereadores rejeitam o requerimento que queria “impeachment” de Schirmer

Nada diferente do que este editor escreveu nos últimos dias. Os vereadores, na sessão desta terça-feira, por ampla maioria (só o PSDB votou totalmente a favor, pelo que apurou o editor), rejeitaram o requerimento apresentado na quinta-feira, dia 3, pelo militante do Rede Tiago Aires – que pretendia a instauração de uma comissão processante que poderia levar ao impeachment do prefeito Cezar Schirmer.

Detalhes do que aconteceu no Legislativo, na tarde passada, você tem em material disponível (para quem é assinante ou não esgotou a quota de 10 notas gratuitas mensais) na versão online do Diário de Santa Maria. Confira:

“Vereadores de Santa Maria rejeitam pedido de cassação de Schirmer

Solicitação teve como base a condenação do prefeito e da prefeitura para indenizar ex-apoiadora de campanha que diz ter trabalhado em posto de saúde sem receber salário

O Legislativo de Santa Maria rejeitou, nesta terça-feira, o pedido do militante da Rede Sustentabilidade, Tiago Aires, de cassação do prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB).

O pedido foi feito com base em uma ação judicial, em que a Justiça havia condenado Schirmer e a prefeitura a indenizarem a ex-apoiadora de campanha Neiva Corina Marques que diz ter trabalhado no posto de saúde do Passo das Tropas sem receber salário e sem contrato com o município.

Para que houvesse aceitação do pedido de Aires eram necessários 14 votos favoráveis. Contudo, houve o entendimento, tanto do lado governista quanto de parte da oposição, de que ao caso não se aplicaria um eventual processo de cassação.

Até que a votação ocorresse, a tarde no Legislativo foi de muitas reuniões e tratativas. Primeiro, todos os 21 vereadores estiveram reunidos na sala da Presidência da Casa. Depois, as bancadas da situação e da oposição tiveram reuniões separadas.

O líder do governo na Câmara, o peemedebista Cezar Gehm, comemorou a rejeição do pedido. Para ele, o fato ganhou uma dimensão que extrapolou a do debate político. Já o tucano João Chaves, que votou pela abertura de uma comissão para avaliar o caso, entende que haveria indícios que deveriam ser apurados.

Autor do pedido irá adiante

Tiago Aires não se deu por convencido diante do não dos vereadores ao seu pedido. Ele adianta que irá, nos próximos dias, solicitar ao Ministério Público Estadual que seja aberta uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito.

_ Aqui, infelizmente os vereadores abriram mão de esclarecer todos os fatos. Agora, então, vou ao MP. Até porque entendo que há, sim, indícios claros de abuso de poder político e improbidade administrativa o que fere a dignidade e o exercício do cargo.”

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