Discrição e cautela. Comando da campanha de Schirmer segura entusiasmo, para não errar no fim

A mesma fonte, muito próxima ao comando da campanha da coligação “Juntos por uma Santa Maria melhor”, que não continha o entusiasmo na semana passada – escorada na sua própria atuação e, especialmente, na pesquisa recém divulgada pelo Diário de Santa Maria, mudou o discurso.

Em vez do “vamos ganhar com facilidade”, o “está difícil”. Ou “será pau a pau”. O que isso significa? Simples, o arrebatamento diante de uma situação aparentemente confortável foi substituído pela prudente cautela, com o perdão da redundância. Afinal, Cezar Schirmer, do PMDB, que lidera a coligação, tem convicção de ter perdido uma eleição, a de 2004, que já considerava ganha por erros aos 45 minutos do segundo tempo.

Por essas e outras, alguns mais afoitos estão sendo acalmados. Nada de salto alto, parece ser a nova palavra de ordem. O jogo não terminou. O adversário ainda tem bala na agulha. Não afrouxar. Todas as frases anteriores viraram lugar-comum entre aqueles que mais têm acesso aos ditos “formadores de opinião”.

A estratégia verbal faz sentido. A soberba nunca foi boa conselheira. Talvez por isso, e também por causa disso, todo o trabalho de rua foi, é a impressão claudemiriana ao menos, acentuado. A presença de bandeiras e militantes nas esquinas, tem-se a sensação, aumentou. O que indica claramente a seriedade com que a campanha está sendo tratada. E exige.

Não vazou, pelo menos para este (nem sempre) humilde repórter, o que está preparando a aliança oposicionista para a última semana de campanha. Mas é possível supor um reforço de imagem e, quem sabe, a vinda de algum trunfo externo, dos quais Pedro Simon (na foto de José Cruz, da ABr), – que, aliás, está na cidade hoje – é provavelmente o maior. Mas não o único. Só que o segredo, se houver, está muitíssimo bem guardado.