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IMPEACHMENT. Comissão feita, relator governista, presidente não. Dilma tem maioria, mas não é grande

A decisão final será mesmo aqui, no plenário da Câmara, com o voto de 513 deputados
A decisão final será mesmo aqui, no plenário da Câmara, com o voto de 513 deputados

Formada na tarde passada, na Câmara dos Deputados, a comissão que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Primeira reunião, já com o comando definido, se não houver alguma ação no Supremo (governistas contestam a eleição de vice-presidentes, que não constariam do rito aprovado pelo STF), deve ser na próxima segunda-feira.

O colegiado tem 65 integrantes titulares e outro tanto de suplentes. Dentre os titulares, há cinco gaúchos. Quatro suplentes também, inclusive o santa-mariense Paulo Pimenta (CLIQUE AQUI E CONFIRA A RELAÇÃO COMPLETA).

Depois de indicados os integrantes, a Comissão se reuniu para DEFINIR os cargos principais, presidente e relator. O primeiro será o goiano do PTB, Jovair Arantes (que seria ligado politicamente ao presidente da Câmara, e réu no Supremo, Eduardo Cunha). O segundo é o governista Rogério Rosso, do PSD do Distrito Federal.

A chapa foi aprovada com 62 votos, com três abstenções. E, contrariando os governistas, também foram eleitos três vice-presidentes:  Carlos Sampaio (PSDB/SP); Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) como segundo-vice; e Fernando Coelho Filho (PSB-PE) como terceiro-vice.

Mas, e qual é a correlação de forças na Comissão? Segundo levantamento feito pelo jornalista Fernando Rodrigues, do portal Universo Online, o governo teria maioria, mas não exatamente tranquilizadora: 31 a 28 (o restante é indefinido). Os governistas contestam, afirmando que teriam 34 dos 61 votos. Isso tudo, claro, antes de começarem os trabalhos.

Vale conferir o material de Rodrigues (com foto de Divulgação), em que ele traz a sua própria avaliação e também a do governo. A seguir:

Comissão do Impeachment tem 31 contra Dilma e 28 a favor

A Comissão Especial da Câmara que analisará o impeachment de Dilma Rousseff terá pelo menos 31 votos contrários ao governo. Outros 28 deputados querem enterrar o processo. O colegiado tem 65 membros.

É um resultado desfavorável ao Planalto, que precisava de maioria folgada na Comissão para ganhar tração e depois barrar o processo no plenário da Câmara.

As informações são dos repórteres do UOL André Shalders, Gabriel Hirabahasi, Guilherme Moraes e Mateus Netzel.

[Contexto: a comissão do impedimento votará um relatório que, mesmo rejeitando a cassação de Dilma Rousseff, terá de ser analisado pelo plenário da Câmara].

PRB, PMB e Rede Sustentabilidade ainda não decidiram como votarão. O deputadoÉdio Lopes (PR-RR) também não definiu posição. São 5 votos que, em tese, podem definir o resultado.

A reportagem não conseguiu determinar o posicionamento de Bacelar (PTN-BA).

A Comissão do Impeachment foi instalada na Câmara na tarde desta 5ª feira (17.mar). O comando da comissão deve ficar com Rogério Rosso (PSD-DF), como presidente, e Jovair Arantes (PTB-GO), como relator.

A tabela abaixo mostra o posicionamento de cada deputado da Comissão na data da instalação

comissão impeachment

Uma vez instalada a Comissão, o rito do impeachment na Câmara é sumário. Dilma tem 10 sessões para apresentar seu pedido de defesa.

NÚMEROS DO PLANALTO
A coordenação política de Dilma Rousseff no Palácio do Planalto telefona para dizer ao Blog que conta com, no mínimo, 34 dos 65 votos da Comissão Especial do Impeachment.

Segundo o governo, os seguintes votos contrários ao impeachment não estariam contemplados na apuração do Blog:

Édio Lopes (PR-RR)
Paulo Magalhães (PSD-BA)
Ronaldo Fonseca (Pros-DF)
Bacelar (PTN-BA)
Jhonatan de Jesus (PRB-RR)
Aliel Machado (Rede-PR)

APURAÇÃO DO BLOG
Blog mantém os números apurados e descritos na tabela acima.

Leonardo Quintão (PMDB-MG) informou ao Blog que votará à favor do impeachment. Já a assessoria de Paulo Magalhães (PSD-BA) informa que ele votará com o governo. Os números permanecem, portanto, inalterados.”

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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