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Previsão. Juros menores para enfrentar a crise. Henrique Meirelles aceita ou vai para a rua

Aparentemente, está acabando o reinado de Henrique Meirelles à frente do Banco Central. Defensor da ortodoxia dos juros altos para conter a inflação, se mostra renitente a qualquer redução nas taxas. No entanto, a realidade da hora é uma só: inflação em baixa e risco de desaceleração econômica. Ainda assim, ele persiste num caminho rechaçado inclusive por seus ídolos, no hemisfério norte, que estão dinamitando os juros como forma de manter a economia estável, se não der para melhorar.

 

Dentro de poucos dias, reúne-se outra vez o Comitê de Política Monetária (COPOM), sob a presidência de Meirelles. Há quem aposte que, se não mudar de idéia até lá, e promova uma consistente baixa (1%, pelo menos) na chamada SELIC, a taxa básica de juros, Meirelles terá que antecipar sua campanha para deputado federal em 2010.

 

São fortes os indicativos de que, não cumprindo o riscado, o banqueiro será posto na rua por quem de fato manda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (na foto com o presidente do BC).  Saiba como e por que no excelente texto produzido por Bob Fernandes. A foto é de Valter Campanato, da Agência Brasil. A seguir:

 

“Henrique Meirelles e os juros subiram no telhado

A taxa de juros de 13,75% ao ano e seu principal fiador, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, subiram no telhado. Às vésperas da reunião do Copom, dias 9 e 10, para a decisão do descem pouco ou descem muito os juros, a situação de Meirelles já não é a mesma que foi ao longo desses 6 anos de governo.

Vamos aos fatos.

A mais de um interlocutor o presidente do BC, por mais de uma vez, relatou; com a impostação e pompa peculiares:

– Quando me convidaram eu disse que aceitava, mas que teria que ser do meu jeito. Todas as vezes em que foi necessário, recordei minhas palavras e mantive a mesma posição.

A mais de um interlocutor o presidente da República, Lula, tem dito, como se perguntasse a si mesmo; não exatamente com estas palavras e tom:

-… Eu fui eleito presidente da República e o presidente do Banco Central manda mais do que eu?

A frase-pergunta é reveladora de um estado de ânimo.

Lula sabe o que vem pela frente nos próximos meses, ainda que não se possa prever com exatidão a dimensão e alcance da tsunami econômico-financeira que varre o mundo. Assim como sabe o presidente da República, certamente mais do que ninguém, que o impressionante patamar de 70% de apoio popular no 6° ano de governo pode ser resumido numa palavra: prosperidade…”

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do artigo-reportagem “Henrique Meirelles e os juros subiram no telhado”, de Bob Fernandes, no Terra Magazine.

 

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