Semana cheia. Aumento dos barnabés, veto de Valdeci, bronca do Romero e até orçamento

A volatilidade (está bem, a dinâmica) da política pode mudar tudo, de um dia pro outro. Mas há pelo menos quatro temas que tendem a monopolizar a atenção dos políticos, e da comuna, nesta semana – cheia pela diversidade de fatos e pela inexistência de feriado no meio do caminho.

O primeiro deles acontece logo na saída. Está prevista audiência entre Genil Pavan, secretário de Finanças, e representantes dos barnabés municipais. Eles já sabem que o mínimo a ser oferecido é a inflação de 3,14%. Mas querem mais, beeem mais. Conseguirão? Tchan-tchan-tchan-tchan!

Se desdobra, também, a bronca entre Isaias Romero e seu partido, o PDT, cujas lideranças o acusam de não seguir a orientação da sigla e querem puni-lo. Conversando com um e outro, notei um certo desejo de “sangue”. Que não deverá ocorrer. Embora já tenha respondido à inquirição, Romero deve mesmo é se mandar antes do “julgamento” pela Comissão de Ética. Assunto, porém, que ainda terá desdobramentos, quem sabe, para além desta semana.

O principal assunto, no entanto, que imagino deva estourar e provocar muito barulho nesta semana é a possível votação, pela Câmara, do veto do prefeito Valdeci Oliveira ao projeto (aprovado por unanimidade) de Cláudio Rosa, do PMDB, que regulamenta artigo do Código de Posturas e permite a venda de lanches rápidos, nas ruas, até 7 da manhã (o que quer dizer, na prática, a qualquer hora).

O executivo já havia editado decreto (contra o qual se contrapôs a lei de Cláudio) permitindo o funcionamento até 1 da manhã. Aliás, o desejo de todos os que convivem com os traileres nas suas proximidades. O que quer dizer a maioria da população. Mas, sabe como é, demagogia é algo que não conhece limites.

Em todo caso, a situação evoluiu e já não duvido da manutenção do veto. Por quê? Os próprios vendedores, ao serem informados que, pela lei aprovada, terão que se sujeitar a uma licitação a que poderá concorrer qualquer um, inclusive eu, você ou o Cláudio Rosa, e que poderão perder os pontos que hoje ostentam, já ensaiam um volta-atrás e pensam, seriamente, em aceitar a idéia intermediária da Prefeitura – que propôs um”termo de ajuste”. Por ele, quem não incomodar, comprovadamente, a vizinhança, poderá atender até às 7 da manhã. Então, que ninguém duvide: não é improvável a manutenção do veto. A conferir.

E, por fim, a semana vai encerrar com uma audiência pública, na sexta-feira, provavelmente na Câmara de Vereadores. Proposta pelo deputado estadual tucano Marchezan Júnior, vai discutir, em Santa Maria, o orçamento do Estado para 2008. Quem sabe se pode tirar alguma coisa disso, não? Afinal, o que não falta é reivindicação. O problema é o de sempre: troco. Ou a ausência dele.