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DO FEICEBUQUI. A impostura do Congresso, governo “de salivação nacional” e o caso de indignação seletiva

selo feicebuquiO editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – por três amigos do escriba: o magistrado aposentado (e estudante de Psicologia) Paulo Afonso Caetano e os jornalistas Luiz Antônio Araújo e Bibiano Girard. Acompanhe:

A IMPOSTURA…

…do Congresso e outras questões correlatas, no texto de Paulo Afonso Caetano:

“TCHAU, QUERIDA. Depois do que aconteceu no Congresso, Dilma está deposta do governo. Foi uma impostura do Congresso. Mas a destituição da presidente é irreversível. Não lamento, contudo. Aprendi que o processo histórico é regido por leis que a maioria ainda não consegue ver porque olha apenas na superfície. O que mudou? Na dialética da história, sem querer, a direita fez avançar a reforma das esquerdas, tornando-as mais fortes em curto prazo. Os eleitores que votam na esquerda só aumentam desde 1930. E vão continuar aumentando, a medida em que compreenderem que a direita não lhes pode atender. Mudará o centro de poder no projeto popular, mudarão vários atores políticos, mudarão as estratégias (para melhor, certamente). Mas os votos continuarão aumentando. É assim em todo o mundo. O tchau, querida, dos cínicos deputados é um adeus de quem não sabe que está em verdade excluindo a si próprio da política no futuro breve. A história não dá saltos, mas também não anda para trás. Continuo muito otimista ante à história que segue. Minha luta pela fraternidade, pela solidariedade, pela amorosidade em nada se alterou.
Precisamos entender a mudança e assumir nossos postos na vida.”

O APETITE…

…dos peemedebistas, na frase bem colocada de Luiz Antônio Araujo:

Considerando o apetite do PMDB pelos cargos que está prestes a abocanhar, não seria melhor Temer falar em “governo de salivação nacional”?”

A INDIGNAÇÃO…

…seletiva dos “paneleiros”, na visão de Bibiano Da Silva Girard:

Dá uma vontadezinha de marcar aqui as pessoas que eu conheço e batiam panela “contra a corrupção” quando Dilma falava e agora estão em silêncio com Temer, ficha-suja, empossando sete ministros investigados na Lava-Jato.

Vocês mesmos estão comprovando: era indignação seletiva.”

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2 Comentários

  1. Detalhe faltante: nos anos 50 houve um bafafá de uma carga de madeira alegadamente superfaturada do Brasil para a Argentina de Peron envolvendo Jango e alguns indivíduos cítricos. Grana para alegadamente pagar a campanha de Getúlio à presidência. Esquerda diz que foi o primeiro “dossiê”, o resto acha que era picaretagem mesmo.

  2. Humm…1930, governo Vargas, o primeiro, meio fascista. Gêgê criou os sindicatos e já aparelhou, assim como aparelhou o Estado. Em 1946, quando caiu, formou dois partidos: PTB de esquerda e PSD. Elegeram o general Dutra , Getúlio e JK. Jânio Quadros quebrou a corrente, mas o vice, eleito separadamente era Jango do PTB. Alás, o segundo governo Vargas era populista de esquerda,
    JK era apoiado por parte da UDN, a fatia chapa branca tinha até nome: a turma do Jóquei. Fizeram Carlos Lacerda líder da oposição porque quanto mais ferrenha a mesma, maior o “valor do passe” dos sujeitos.
    JK embutiu nas concessões de rádio e televisão (chegou no Brasil em 1950) uma cláusula que previa a punição de 30 dias fora do ar para a estação que promovesse ofensas à autoridades (deste jeito mesmo, genérico).
    JK promoveu o conhecido “desenvolvimento às caneladas”. Foi sucedido por Jânio Quadros, que não gostava do Congresso, não tinha plano de governo, só sabia ganhar votos (apesar de ter um governo bem avaliado em SP, BSB e o resto do Brasil são outras coisas, ele ficou um peixe fora d’água).
    Em 1977, pouco antes de morrer, Carlos Lacerda afirmou que o Brasil sofria de crise crônica que, de tempos em tempos, se agravava. Um dos motivos, grosso modo, era não ter sido encontrado um sistema político-eleitoral adequado.
    Expostos os fatos, acho que este progresso racional da barbárie à civilização (tenho a impressão que é algo hegeliano) não procede.

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