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ESTADO. Palácio Piratini quer convencer os poderes independentes a aceitar um orçamento “congelado”

Judiciário e MP pediram, no encontro com Sartori, que não se repita modelo de LDO de 2015, com congelamento de verbas de custeio
Judiciário e MP pediram, no encontro com Sartori, que não se repita modelo de LDO de 2015, com congelamento de verbas de custeio

Da Rádio Guaíba (por GABRIEL JACOBSEN), com foto de LUIZ CHAVES, do Palácio Piratini

O governador José Ivo Sartori se reuniu, na manhã desta segunda-feira, com representantes dos demais poderes e órgãos independentes do Estado para tratar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. Em sintonia, os representantes do Judiciário e do Ministério Público do Estado pediram que o Sartori não repita o modelo de LDO enviado no ano passado, quando antecipou no texto o congelamento do custeio dos demais poderes.

Tanto o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Felipe Silveira Difini, quanto o procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles, pediram que esses percentuais sejam definidos somente no segundo semestre, quando o governo, com base na LDO, constrói o Orçamento do ano seguinte.

Entre os argumentos do desembargador Difini está o fato de que os cenários político, econômico e judiciário podem se alterar até o segundo semestre do ano, mudando também as condições econômicas do Rio Grande do Sul.

“A LDO deve se pautar pelo que foram todas as LDOs, exceto a do ano passado, fixando normas gerais. Também eu creio que, quando for elaborado o Orçamento, no segundo semestre, nós tenhamos uma posição mais clara tanto do universo político quanto econômico. Talvez tenhamos maior estabilização política, previsibilidade da economia e definições de temas que influem na questão, como a dívida do Estado, que continua sob júdice no STF e é objeto de negociações na Câmara dos Deputados”, disse o presidente do TJ/RS.

Além de Ministério Público e Judiciário, também participaram da reunião representantes da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas do Estado e da Assembleia Legislativa.

Antes do encontro, durante evento em uma escola estadual em Porto Alegre, o governador defendeu que a LDO de 2017 seja realista. “Achamos melhor fazer a consulta a todos os organismos, poderes e instituições que estão envolvidos com o Estado. Essa não é uma política do Executivo. Temos que trabalhar com a nossa realidade e ela nos indica que é a apresentação de uma lei de diretrizes orçamentária realista”, afirmou Sartori.

No ano passado, a LDO enviada por Sartori e aprovada na Assembleia definiu o congelamento de salários do Executivo (prevendo somente aumento de gastos de 3% relativos ao crescimento vegetativo da folha de servidores do Executivo). O texto também congelou os recursos de custeio dos demais poderes.

O chefe do Judiciário gaúcho sustenta que, se houver novo congelamento, os serviços à população podem ficar comprometidos. Difini afirmou que o impacto principal é do não reposição de servidores e juízes. “Não fica só devagar. Nos locais onde ficaremos sem juiz, o trabalho fica praticamente paralisado”, disse.

A LDO define os parâmetros de gastos e investimentos do Estado, e serve como modelo para a lei do Orçamento. O texto precisa ser entregue por Sartori à Assembleia Legislativa até sexta-feira. Ao final do encontro, ficou definido uma reunião, na próxima quarta-feira, entre as áreas técnicas do Executivo e dos demais poderes e órgãos para analisar as projeções da LDO.

Reajustes dos servidores de 2015

Apesar da LDO aprovada no ano passado prever congelamento de repasses por parte do Executivo, os demais poderes e órgãos enviaram, ainda em 2015, à Assembleia Legislativa, projetos de reajuste dos salários dos servidores. Os textos, com reposição inflacionária de 8,13%, ainda não foram apreciados na Assembleia por orientação do Palácio Piratini para a base aliada. Nas próximas semanas, o Piratini deve liberar a base para aprovar os reajustes.

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Um Comentário

  1. Gringo tem que mandar LDO realista para a AL. Se não fizer isto, acaba deixando brecha jurídica e acaba sem um orçamento realista.
    Já andou fazendo operação de crédito violando a LRF federal, oposição só ficou quieta por causa do impeachment da Dilma, situação pode mudar.

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