ELEIÇÕES. Enfim, PMDB gaúcho definirá o nome do candidato que vai para o sacrifício. Será um graúdo?

O “script” aponta para esta terça-feira o anúncio do candidato do PMDB ao Senado. Relembrando: na última quinta, o então concorrente, Beto Albuquerque, do PSB, renunciou para ser o vice de Marina Silva – após a morte de Eduardo Campos. Ao ato estavam presentes os partidos da coligação, que tem a liderança do peemedebista José Ivo Sartori (governador) e José Paulo Cairoli, do PSD (vice).

De pronto, se soube que a ideia de Marina era ter Pedro Simon, seu principal (e talvez, hoje, o único graúdo peemedebista gaúcho) apoiador pelas bandas do Rio Grande, como o nome a substituir Beto. De pronto, se anunciou que o cardiologista vetava a campanha eleitoral do veterano de 85 anos e um sem número de mandatos.

E daí? Daí, um a um, os potenciais nomes a concorrer foram declinando? Ibsen Pinheiro, que prefere manter sua disputa à Assembleia Legislativa, foi o primeiro. Germano Rigotto, rifado por Simon e pela direção partidária no início da discussão, já no final de 2013, deu o troco: está fora. E, por fim, José Fogaça. Disputando vaga na Câmara dos Deputados, expôs publicamente suas discordâncias com os formuladores do partido e não admite sequer falar do assunto.

E daí?

Daí que as reuniões prosseguem, sem parar, nos bastidores. E uma certeza já existe, dentro próprio partido (não, não espere declarações públicas: mesmo que seja um figurão, o candidato entrará na briga já debilitado. E em condições precárias, politica e, como disse um militante ao editor, no final de semana, financeiramente prejudicado. Afinal, como encontrar doadores de campanha para o Senado, se nem o partido acredita na possibilidade de furar a polarização hoje evidente entre Lasier Martins (PDT) e Olívio Dutra (PT)? Pooois é.

Será uma terça-feira bastante interessante, convenhamos. Afinal, fecha-se, ufa, a relação de candidatos gauchos a algum cargo, em outubro.