Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do CPERS/SM
Os professores estaduais de Santa Maria e região demonstraram toda a sua indignação com o governo do Estado na tarde desta quarta (22), em Assembleia Regional no Instituto de Educação Olavo Bilac. Por ampla maioria, os educadores aprovaram a proposta de continuidade e fortalecimento da greve.
“Agora, a proposta aprovada aqui será encaminhada para o Conselho Estadual. Cada Núcleo do CPERS apresenta a sua posição referente à greve, mas quem decide o futuro da mobilização é a Assembleia Geral que será realizada sexta-feira (24), no Gigantinho, em Porto Alegre. A Assembleia Estadual é soberana”, explica a diretora do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Sandra Regio.
O magistério gaúcho aprovou o início da greve em 13 de maio e, apenas na semana passada, as negociações entre governo e CPERS tiveram avanços. Porém, a maior parte das reivindicações da categoria ainda não foi atendida.
“Os professores e os agentes educacionais estão cansados de ser massacrados por este governo. Quem não entrou para a greve, ainda tem tempo de aderir ao movimento. Quanto mais pessoas pressionarem o Estado, mais forte será nosso poder de negociação”, explica Sandra.
Entre as principais reivindicações da categoria estão: apresentação de uma proposta de reajuste salarial, levando em consideração a defasagem dos 24,37% (reposição do Piso Salarial Nacional de 2015/2016); manutenção dos Planos de Carreira; respeito ao cumprimento da hora-atividade prevista na Lei do Piso; Nomeações: comprometimento em nomear professores e funcionários onde houver falta; fim do reenquadramento do Difícil Acesso; e retirada do PL 44 da pauta de votação da Assembleia Legislativa.
Nesta quinta-feira (23), os professores irão retornar à mobilização no Centro de Santa Maria. No Viaduto Evandro Behr será novamente instalada a barraca onde os grevistas se reúnem.
Impressionante a contínua falta de criatividade de um classe profissional que se apequena a cada ano que passa, apelando para greves improdutivas que só prejudicam os alunos.
É preciso acabar com estabilidade no serviço público e fazer demissão sumária por justa causa.
Aliás, onde estão os pais dos alunos?