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ELEIÇÕES. PSTU faz um aceno ao PSOL, acusações ao PT e oferece nome para candidato a prefeito ou vice

O que é certo: Weller (na foto reproduzida do perfil do militante no Feicebuqui) será candidato. A prefeito ou vice – se houver a união da Esquerda Esquerda
O que é certo: Weller (na foto reproduzida do perfil do militante no Feicebuqui) será candidato. A prefeito ou vice – se houver a união da Esquerda Esquerda

O PSTU santa-mariense divulgou nota nesta quarta-feira. Você a lerá abaixo mas, antes, a interpretação do editor. O partido faz concessões, tentando isolar o PSOL da cidade em relação à postura nacional dos psolistas. Ao mesmo tempo, tece considerações críticas aos demais partidos, mas enfatiza o que considera “traição do PT. E, por fim, ao mesmo tempo em que busca apoio para suas teses (ao explicitá-las), se coloca em condições de compor uma frente como o PSOL, caso em que seu presidente, Paulo Weller, poderia ser o vice ou, então, vai sozinho para a disputa. Nessa condição, Weller é o candidato a prefeito.

Perguntará o leitor: haverá, então, um nome único da Esquerda-Esquerda? O editor pede desculpa, mas não tem ainda a mínima ideia. Pelo menos a nota não esclarece isso. Acompanhe abaixo e tira você tua própria conclusão:

Um esforço pela frente socialista dos trabalhadores nas eleições de Santa Maria?

O PSTU se dirige aos militantes do PSOL, às organizações políticas da esquerda não legalizadas, sindicatos combativos, entidades estudantis, movimentos sociais e ativistas, que estiveram conosco nas lutas e greves nos últimos anos, para um debate público sobre a construção de uma Frente Socialista dos Trabalhadores nas eleições de Santa Maria em 2016 que expresse uma alternativa socialista e um programa de independência de classe às opções patronais e burguesas tradicionais.

Ao contrário dos partidos da classe dominante, que reproduzem alianças fisiológicas e oportunistas nas eleições, defendemos que a construção de uma unidade da esquerda socialista só é possível ao basear-se em critérios principistas que apontem para o fortalecimento das mobilizações, a partir de um programa que enfrente os ataques dos governos Schirmer/Farret (PMDB/PP), Sartori (PMDB) e Temer (PMDB).

Para nós, essa possibilidade se baseia no fato de que o PSOL da cidade, contrariando o PSOL Nacional, não se colocou no campo do “Fica Dilma” e defende “Eleições Gerais”. Apesar de não defender, como nós, um “Fora Todos eles! Eleições Gerais já, com novas regras”, essa postura é positiva e diferencia-se do campo do PT, ao qual a maioria da esquerda acabou se alinhando.

Correntes internas do PSOL como o MES, CST e CS participaram de iniciativas impulsionadas pela CSP-Conlutas e pelo Espaço de Unidade e Ação, hoje expressas no chamado à “Greve Geral pelo Fora Temer e Todos os Corruptos e Reacionários do Congresso Nacional”. Além disso, não nos é permitido repetir os mesmos erros do PT. A farsa contada mil vezes virou apenas uma página da história quando a crise econômica chegou ao país. Quem iniciou o ajuste fiscal que corta bilhões de reais das áreas sociais, retira direitos dos trabalhadores e propôs a reforma da previdência para manter o lucro estratosférico de banqueiros e grandes empresas foram os governos de Dilma, apoiada por Lula.

O PT abandonou seu programa, aliou-se com setores da direita e traiu a juventude, as mulheres, as LGBTs, as negras e negros, a classe trabalhadora e nos deixou como legado seus ex-aliados: Temer, Cunha, Bolsonaro, Feliciano, Renan e cia. O governo interino de Temer (PMDB) segue nesse caminho e precisa ser combatido nas ruas e, será lá que construiremos uma saída de verdade para a crise do sistema capitalista, um governo socialista dos trabalhadores apoiado por conselhos populares.

As eleições possuem regras antidemocráticas que restringem a participação dos partidos de esquerda ideológicos e favorecem grandes aparatos eleitorais da burguesia, sustentados pelos supersalários de parlamentares e doações de dinheiro dos ricos. Não temos ilusões, o voto por si só não resolverá os problemas da cidade ou do país, mas se trata de uma oportunidade para os socialistas se dirigirem a toda a população nas eleições com suas propostas alternativas a tudo que aí está, com o apoio financeiro apenas dos trabalhadores.

A militância do PSTU Santa Maria reafirma que, independentemente se houver uma frente socialista dos trabalhadores, irá às eleições pelo Fora Sartori, Fora Temer e fora todos os corruptos e reacionários do congresso nacional. Vai propor Eleições Gerais, com novas regras para todos os cargos estaduais e federais. Não aceitamos um real de empresas e empresários para ter autonomia em relação à burguesia.

Defendemos um programa classista para uma Santa Maria que parta das necessidades mais básicas das trabalhadoras, dos trabalhadores e da juventude associada à auditoria da dívida pública, que por certo apontará para o não pagamento das dívidas interna e externa. A estatização do sistema financeiro, o fim do horário livre do comércio, uma reforma urbana e agrária que atenda sem-terras e sem-tetos. Que defenda o fim da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é um mecanismo de corte de gastos sociais, enquanto a corrupção e o pagamento dos juros aos bancos não tem limites. Também o fim da privatização e terceirização dos serviços públicos, por um transporte coletivo público de qualidade, passe livre a estudantes e desempregados, redução e congelamento das tarifas, dentre outras medidas.

No sentido de fazer parte ativa desse processo, e nos colocarmos a serviço dos trabalhadores nesse projeto, apresentamos a pré-candidatura do professor Paulo Weller. Na hipótese da Frente Socialista dos trabalhadores, oferecemos seu nome como possível vice. Caso haja divergência com nossa proposta de independência de classe, Paulo Weller será candidato a Prefeito de nossa cidade.

Saudações socialistas!

Diretório Municipal de Santa Maria – PSTU

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Um Comentário

  1. Esa é a mesma situação aqui em Campo Grande no Mato Grosso do Sul.
    Que entendo e por responsabilidade do PSOL a frente não consumará.

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