MOMENTO. O que parecia peça encaixada pode ser deslocada, no quadro das alianças partidárias em SM

Por JOYCE NORONHA (com foto de Reprodução), no jornal A RAZÃO

As peças estão na mesa, mas ainda há espaços para encaixes. Contudo, encontrar a melhor maneira de montar a imagem tem um prazo, pois chegou julho, mês em que as convenções estão liberadas. Conforme o calendário eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os partidos podem realizar suas convenções de 20 de julho a 5 de agosto. Será nesses encontros que as legendas baterão o martelo sobre as definições feitas ao longo das tratativas para alianças às eleições de outubro.

Apesar de algumas trocas de peças no quadro geral, ainda há algumas por serem colocadas no quebra-cabeças, como o apoio do PTB. Na noite de sexta-feira, a executiva do partido reuniu-se com filiados e pré-candidatos para discutir sobre qual caminho tomar. Segundo o vereador Ovídio Mayer, todos os encontros da sigla envolveram discussões sobre aliados. “Não tem uma reunião que não tenhamos falado sobre as possibilidades de coligação. E eu digo, ainda bem que a pressão forte é de dois grupos e não mais”, brincou Ovídio.

Na última terça-feira à noite, os vereadores Ovídio Mayer e Deili Silva, também do PTB, Werner Rempel (PPL) e Marcelo Bisogno (PDT) fizeram uma reunião para discutir a possibilidade de aliança. Ao jornal A Razão, Rempel e Bisogno comentaram que é preciso apresentar as propostas às executivas de seus partidos.

Segundo Bisogno, depois de terça-feira, os três partidos continuaram conversando e haverá uma nova reunião entre os quatro vereadores na próxima terça ou na quarta-feira. “Não definimos data e hora ainda, mas segunda-feira o Rempel se reúne com o grupo dele para debater as propostas que nós quatro conversamos. Com o PPL a conversa está mais adiantada e sabemos que o PTB sofre pressão do governo, por conta dos cargos, mas vamos esperar. Só sei que nós (PDT, PPL e PTB) unidos, é uma frente muito forte na cidade”, opina o pedetista.

Outro ponto apresentado por Bisogno é a questão da pré-candidatura de Werner Rempel (PPL) ao Executivo. O pedetista observa que tem chapa fechada, e pura, com o empresário Ewerton Falk. Até o momento. Mas entende que as coisas podem ser modificadas por meio do diálogo. “Até agora estamos fechados e com candidaturas próprias. Mas independentemente disso, a Deili, o Ovídio, o Rempel e eu não queremos um projeto para eleger um ou o outro. Queremos um projeto que seja bom para Santa Maria”, argumenta Marcelo Bisogno.

OUTROS ENCAIXES

Se o PTB optar por fechar coligação proporcional com o PDT, a mudança no quadro será sentida pela frente apresentada pelo PSB, de Fabiano Pereira. No início do ano, ele articulava um “frentão governista” em que oito partidos iriam compor a aliança, mas agora o PTB pode mudar o tamanho dessa frente. Na quarta-feira, Fabiano garantiu à reportagem que os trabalhistas estão fechados com o PSB.

Outra situação ocorrida na semana que pode mudar a imagem geral é o anúncio do PT de estudar um nome de dentro do próprio partido para ocupar o posto de vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado estadual Valdeci Oliveira. Assim, a majoritária petista será pura. O presidente do PT municipal, Sidinei Cardoso, diz que a sigla tem aliança fechada com o PHS e aguarda resposta do PCdoB, que apresentou Tiago Aires como pré-candidato ao Executivo.

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