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PARTIDOS. Nota da direção do PSTU santa-mariense lamenta saída de militantes. Atitude deles foi ‘um erro’

O editor não fará quaisquer considerações. Mas o leitor, se desejar, está convidado a fazer sua própria reflexão acerca da nota divulgada nesta sexta-feira, e assinada pela direção do PSTU em Santa Maria, e enviada por correspondência eletrônica pelo presidente da sigla, Paulo Weiler, acerca da saída de dois agora ex-integrantes (que o documento nomina), entre eles o ex-candidato a prefeito, Jeferson Cavalheiro. Acompanhe, na íntegra:

SOBRE A RUPTURA DO PSTU

O anúncio da saída de um setor de militantes do nosso partido – o PSTU − gera, entre a vanguarda que se dedica à luta revolucionária por uma transformação socialista da sociedade, angústia e incertezas. No entanto, sabemos que, sem um partido revolucionário, forte e enraizado na classe operária e nos segmentos mais explorados da sociedade, essa transformação revolucionária não ocorre: será apenas um sonho.

Diante desse fato, dessa ruptura da qual muito lamentamos, queremos nos dirigir, em especial, aos camaradas que romperam conosco, para dizer que eles são revolucionários que caminharam conosco na luta pela libertação da classe trabalhadora do jugo do capitalismo: esses companheiros – dentre os quais estão Jeferson Cavalheiro e Geovana Dutra − deram sua contribuição militante na construção do nosso partido e por isso, lamentamos a decisão que tomaram: decisão que consideramos um erro.

Romper com um partido que se constrói para essa tarefa revolucionária não ajuda no combate à burguesia e às alternativas reformistas que disputam a consciência da classe trabalhadora. É verdade que surgiram diferenças políticas importantes que se acumularam nos últimos anos. No entanto, são diferenças normais quando se discute internamente, entre companheiros, a melhor maneira de se intervir nesse processo de luta. Um partido vivo, que se propõe revolucionário, se constrói assim, dialeticamente, na discussão reflexiva e na intervenção na luta de classes.

Há alguns meses, o nosso partido vive um processo de pré-congresso, governado por um método que possibilita, entre outras coisas, o debate democrático, onde são explicitadas posições distintas – e, não raras vezes, divergentes − de como colocar em curso a luta dos trabalhadores e dos demais setores oprimidos e explorados pelo Capital. A expectativa da nossa organização, nesse processo, é a de que essas diferenças naturais em qualquer embate político resultem uma síntese que, uma vez aprovada pela maioria dos nossos militantes, em congresso, defina os rumos políticos do partido.

O que lamentamos é que, embora existam diferenças de diversas naturezas entre a maioria do partido e os companheiros que optaram pela ruptura, essas diferenças não eram, no nosso modo de ver, irreconciliáveis e nem chegavam a se constituir em motivo de ruptura em um debate pré-congressual.

Não são poucos os militantes e as militantes do PSTU que têm posições coincidentes com a dos companheiros que romperam com o partido. No entanto, mesmo com essas diferenças − e sem abrir mão delas – mantiveram a postura revolucionária de continuar a construção da nossa organização de luta. Por fim, esclarecimentos à parte, a luta de classes segue seu rumo e nesse caminho de luta as vicissitudes são muitas: as batalhas mais difíceis ainda estão por vir.

Assim, a todos aqueles que se espelham em nosso esforço para construir um partido socialista e revolucionário no Brasil, dizemos que seguiremos em frente, sempre. Para isso, chamamos os trabalhadores e as trabalhadoras, a juventude e a população pobre do Brasil e de Santa Maria e Região, em particular, a virem construir, conosco, o PSTU: um partido operário, socialista e revolucionário.”

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5 Comentários

  1. Discutir religião é perda de tempo. Grande fome soviética de 1932-1933: 6 milhões de mortos na Russia, outros 4 na Ucrânia. Grande fome na China, 1960: perto de 45 milhões. Sem mencionar as deportações em massa, genocídios, etc.
    Salário médio de um professor em Cuba? 18 dólares. Aí vem a história da saúde, educação, etc. Aí se responde com padrão de vida e liberdade.

  2. Os pobres têm a aprender na escola o mesmo que os filhos da classe média e dos ricos aprendem: aprendem conhecimento, aprendem a pensar, aprendem a se capacitar.

    Aprendem conhecimento que aumenta a consciência das coisas e os capacita para a vida e a independência. Mas vocês querem? Querem que as pessoas sejam independentes dos “salvadores”?

    Estou falando de escola de verdade.

    Quem é pobre ou miserável ou é por falta de escola. Em qualquer lugar do mundo.

    Qualidade de vida vida depende de escola.

    Formação e capacitação, que gera bons empregos e consequentemente boa renda, depende de escola.

    Escola que faz pessoas empreenderem, abrirem negócios, serem criativos e úteis para a sociedade. Que por sua vez vão empregar pessoas.

    É sabido, comprovado, que quanto maior a capacitação, quanto mais línguas se fala, maior é a renda.

    Conhecimento vale. Ignorância (de conhecimento), não.

    Ninguém passa fome tendo escola.

    Todo o hemisfério Norte aprendeu isso, uns mais cedo que outros.

    Coreia do Sul, caso emblemático. País pobre, de miseráveis de agricultura de subsistência, maioria de analfabetos. Em meros 40 anos, numa política de governo que obrigou a todas as crianças a irem para escola, dois turnos, hoje é superpotência. Isso aconteceu em apenas uma geração. E as crianças estudam hoje manhã, tarde, noite e madrugada, porque querem entrar nas melhores universidades. E quem não entrar, não se arrepende, não fica de chororô, se vira, porque não virou um analfabeto funcional.

    Não é o capitalismo que fez os países que são ricos e desenvolvidos, países com altos IDH e qualidade de vida.

    Foi a escola. Foi a educação. De qualidade.

    Qualquer pessoa com um mínimo de senso de realidade sabe disso. Sabe ler as pesquisas que vinculam bons salários com escola, formação e capacitação.

    Pagamos trilhões de impostos para governos fazerem o que qualquer país rico fez, criar uma escola de qualidade e obrigar os pobres a irem a ela. Exigir que estudem. Que aprendam. Que sejam ensinados que o esforço compensa. Que tenham boas notas.

    Aqui nesse país de cultura “macunaíma” são treze milhões de analfabetos. e 35 milhões de analfabetos funcionais.

    E querem bons empregos e ganharem a vida se não sabem ler nem resolver problemas?

    Então é o capitalismo que promove isso? Não sejam ignorantes dessa realidade.

    Escola que capacita qualquer um, de qualquer gênero, etnia, cor, condição sexual, filho de rico ou filho de pobre. Ou vocês acham que filho de rico não estuda? Não é obrigado a estudar para ser alguém na vida? Veja o exemplo do Gates. Os filhos dele estão fora da esola ou rodando de ano porque o papaizinho é bilionário? Muito pelo contrário.

    O que “salva” pobres definitivamente da condição de pobreza é a escola. Isso é tão certo e óbvio quanto 2+ 2= 4. Não é ideologia. Não é esmola.

    Por que nesse país nunca enxergam o óbvio?

  3. Caro Jorge,
    E o capitalismo, que depois de três séculos de existência, gera cada vez mais miseráveis, doentes, moradores de rua etc.
    Este mesmo capitalismo é que não paga salários dignos aos educadores, sucateia escolas etc.
    Olhe para os lados e responda qual é a ideologia que é retrógrada mesmo?

  4. Cabeças com ideologia retrógrada do século XVIII que não funcionou em lugar nenhum.

    Nenhuma ideologia política funcionou, aliás, antes que me venham com tijolos na mão dizendo que sou “do outro lado”.

    O que melhora a sociedade é escola, sempre foi e será a escola, principalmente para os pobres.

    Como essa gente ainda não percebeu isso?

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