TECNOLOGIA. Nanossatélite em “formato cubo”, projetado em Santa Maria, completa 2 anos em órbita
Por GABRIELA PAGEL, da Agência de Notícias da UFSM
O NanoSatC-BR1, primeiro nanossatélite em formato de cubo (cubesat) brasileiro, é uma produção conjunta de diversos cursos de engenharia e Física da UFSM em parceria com outras universidades, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Idealizado pelo professor Nelson Jorge Schuch, que coordena o desenvolvimento de cubesats junto com o pesquisador Otávio Durão, o nanossatélite segue captando e enviando dados sobre o campo magnético terrestre e consegue dar uma volta ao redor do planeta em 90 minutos.
O lançamento do cubesat ocorreu no dia 19 de junho de 2014, em uma base localizada em Yasny, na Rússia. Pesando pouco menos de 1kg, o nanossatélite levava junto consigo três cargas úteis: um magnetômetro (integrando a missão científica), e dois circuitos integrados (como parte da missão tecnológica).
O nanossatélite é monitorado em duas estações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma localizada no campus sede da UFSM e a outra no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).
Nesta FIGURA, pode-se visualizar os dados que foram recebidos na Alemanha no dia do segundo aniversário do NanosatC-Br1 e retransmitidos pelo radioamador Paulo Leite, de Boa Vista (RR), para a estação do Centro Regional Sul do Inpe, localizado em Santa Maria.
Conforme Schuch, há um engajamento entre muitos professores na execução do programa e uma formação de recursos humanos especializados ao envolver diversos centros de ensino, o que também impulsiona as carreiras dos alunos participantes. Como exemplo, o professor cita os egressos de Engenharia Mecânica da UFSM Rafael Lopes Costa e Lucas Lopes Costa, que hoje em dia atuam na Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial do Inpe em São José dos Campos.
Quando Rafael Lopes Costa começou a participar do projeto, ficou fascinado pela possibilidade de trabalhar com tecnologia espacial no país. Além disso, teve a oportunidade de conhecer especialistas que atuavam na sede do Inpe e ingressou no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia Espaciais da instituição. “Hoje atuo nos principais projetos institucionais e de desenvolvimento tecnológico na área de controle térmico de satélites. Estou bastante satisfeito com a minha carreira e tudo isso começou com o projeto daquele nanossatélite, que hoje se tornou extremamente bem-sucedido”, conta Rafael.
O grupo que realizou o primeiro cubesat atualmente vem construindo o NanoSatC-BR2, que terá o dobro da capacidade. O projeto está em fase de finalização e o lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2017. Além disso, já se tem em vista a produção do NanoSatC-BR3 e do NanoSatC-BR4.
Outras informações constam na página www.inpe.br/crs/nanosat.
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