POLÍTICA. Carlos Costabeber e uma dúvida: futuros prefeitos sabem o que os estará esperando ali adiante?
“…Essa é a minha preocupação com Santa Maria. Até que ponto nossos candidatos a Prefeito conhecem a realidade ? Estão realmente preparados para assumir a administração da cidade ? Será que sabem que o orçamento é insuficiente para atender às demandas da sociedade ? De que não conseguirão montar uma equipe à altura do desejado ? De que a estrutura física da cidade de quase 200 anos está envelhecida, e que não terão dinheiro para a manutenção mínima ? E principalmente, que…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo “Um gerente para Santa Maria”, de Carlos Costabeber – graduado em Administração e Ciências Contábeis pela UFSM (instituição da qual é professor aposentado), com mestrado pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, com especialização em Qualidade Total no Japão e Estados Unidos. Presidiu a Cacism, a Câmara de Dirigentes Lojistas e a Associação Brasileira de Distribuidores Ford. É diretor da Superauto e do Consórcio Conesul.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto que você vê aqui é Gabriel Haesbaert, do jornal A Razão.
Sim e não. As diferenças entre gestão pública e privada são importantes. Não tem como. RH é furado, por exemplo, começa a furar no recrutamento. Imagine uma empresa que queira contratar um vendedor de carros através de uma prova de cruzinha. Primeiro colocado gabarita o concurso. No primeiro dia de trabalho o gerente (que é nomeado por terceiros) descobre que a criatura não tem aptidão para lidar com o público, seria melhor trabalhar no escritório. Só que não dá para transferir, a seleção é específica. Outra: cada vendedor distribui cinco fichas por dia (acontece em muitas repartições por aí, não sei se é o caso de SM) e atende só cinco pessoas. Reajuste salarial não depende do desempenho e nenhum incentivo pode ser dado com base no mesmo. Os desidiosos não podem ser demitidos. Problema é estrutural.
Aí chegamos nos candidatos, ao menos os que têm chance. Dois políticos profissionais, um médico, um advogado e um ex-sindicalista. Gerente não creio, mais provável um síndico.
Nenhum deles sabe. Com certeza. O que eles sabem é de suas ideologias, que não pagam almoço de ninguém, só os deles e dos CCs.